Pois é, pra quê?

>> terça-feira, 30 de novembro de 2010

Pois é, Pra Quê?

MPB4
Composição: Sidney Müller
 
O automóvel corre
A lembrança morre
O suor escorre
E molha a calçada
A verdade na rua
A verdade no povo
A mulher toda nua
Mas nada de novo
A revolta latente
Que ninguém vê
E nem sabe se sente
Pois é, prá que?

O imposto, a conta
O bazar barato
O relógio aponta
O momento exato
Da morte incerta
A gravata enforca
O sapato aperta
O país exporta
E na minha porta
Ninguém quer ver
Uma sombra morta
Pois é, prá que?


Que rapaz é esse?
Que estranho canto
Seu rosto é santo
Seu canto é tudo
Saiu do nada
Da dor fingida
Desceu a estrada
Subiu na vida
A menina aflita
Ele não quer ver
A guitarra excita
Pois é, prá que?


A fome, a doença
O esporte, a gincana
A praia compensa
O trabalho a semana
O chopp, o cinema
O amor que atenua
Um tiro no peito
O sangue na rua
A fome, a doença
Não sei mais porque
Que noite, que lua
Meu bem, prá que?


O patrão sustenta
O café, o almoço
O jornal comenta
Um rapaz tão moço
O calor aumenta
A família cresce
O cientista inventa
Uma flor que parece
A razão mais segura
Prá ninguém saber
De outra flor
Que tortura...


No fim do mundo
Tem um tesouro
Quem for primeiro
Carrega o ouro
A vida passa no meu cigarro
Quem tem mais pressa
Que arranje um carro
Prá andar ligeiro
Sem ter porque
Sem ter prá onde
Pois é, prá que?

Pois é, prá que?

Pois é!



beijos

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Viajando em pé

>> segunda-feira, 29 de novembro de 2010

No início deste mês, voltando da minha viagem à Fortaleza, estranhei que o encosto da cadeira do avião não reclinava. Perguntei para a aeromoça e ela me disse que a fileira onde eu estava não reclinava mesmo, porque atrás dela era a saída de emergência, onde o espaço é maior.
Mas, como tinha cadeiras sobrando eu podia mudar de lugar. Claro que fiz isso e duas fileiras atrás não tinha ninguém; então vim de lá até aqui sentada sozinha e com todo o espaço (que nem é tanto assim) só pra mim.
Dias depois vi uma reportagem no jornal falando sobre os espaços entre as poltronas, com a figura abaixo:

Assentos perto da saída de emergência tendem a ser mais espaçosos e, como são disputados, podem custar mais caro.
Veja a reportagem completa aqui.

Onde você gosta de sentar numa aeronave? Hum.... se meu marido ler esse post já vai responder: Em nenhum lugar, eu não gosto de andar de avião.
Mas quando você compra uma passagem fica atenta aos melhores lugares ou nem pergunta?
Como os lugares estão cadas vez menores, é bom marcar, pelo menos, as poltronas que tenham mais espaço para as pernas.

Bom, eu disse tudo isso para voos de classe econômica, claro. Classe executiva já é outra coisa!

Mas, no mesmo jornal (Folha de São Paulo) havia outra reportagem falando sobre voos, que me chamou a atenção:

Companhia quer que cliente voe em pé
Hum? Como? É isso mesmo?
Sim, é isso mesmo.

"A maioria dos passageiros reclamam de falta de espaço na classe econômica. Mas isso ainda pode piorar?"
Veja a matéria completa aqui.

E pensando nisso, estava preparando um post dedicado ao assunto, mas hoje eu li a coluna do Moacyr Scliar, também na Folha de São Paulo, e achei que seria bem melhor um conto dele do que meu.

Viajando em pé


Companhia aérea quer que cliente voe em pé. Com a popularização das viagens aéreas, o aperto na classe econômica tem crescido. A Ryanair, empresa europeia aérea "low cost" (de baixo custo) planeja diminuir o preço dos bilhetes e atrair clientes nas viagens de até uma hora, com o assento em pé ("vertical seating"). De acordo com a Ryanair, se o projeto for implementado, haverá passagens por até 4 libras esterlinas (cerca de R$ 10).
(Folha de São Paulo -Turismo, 18.nov.2010)

"PREZADOS PASSAGEIROS, desejamos chamar vossa atenção para a vantagem que representa viajar de pé em um avião, vantagem esta que não se restringe exclusivamente ao menor preço da passagem.
Não, queridos passageiros, há muito mais que isso. Viajar de pé é um novo estilo de vida, uma celebração da espiritualidade.
Para começar, o passageiro que viaja em pé enxerga mais longe na aeronave, enquanto o passageiro comum, sentado, tem sua visão bloqueada pelo assento à frente.
Em pé, ele pode ver, por exemplo, dois conhecidos executivos -de companhias concorrentes-, conversando em voz baixa. Não estará em curso uma fusão, com repercussões na Bolsa de Valores?
O passageiro que viaja em pé tem mais dignidade. Trata-se, aliás, de uma antiga noção. Todos os poemas, todas as canções que convocam os seres humanos falam nisso. Para ficar com um só exemplo, podemos citar o hino da Internacional Comunista, que mobilizava as massas a buscarem a igualdade e a justiça social.
E o que diz a letra desse hino? Exatamente isso: "De pé, ó vítimas da fome". De pé, as vítimas já não são mais vítimas, são lutadores destemidos, uma condição que as pessoas podem conquistar em nossos voos a preços módicos.
Finalmente, é preciso dizer: o passageiro que viaja em pé está, por óbvias razões, mais perto de Deus. Os benefícios dessa posição são evidentes. Se, por exemplo, o avião atravessar uma zona de turbulência, todos certamente clamarão pelo Senhor. Mas aqueles que estão em pé têm muito mais chance de ouvir uma voz grave dizendo: "Não temas, meu caro, estou aqui, próximo a ti.
Bem-aventurados os que viajam em pé". E não será, tenham certeza disso, uma gravação."
MOACYR SCLIAR escreve nesta coluna, às segundas-feiras, um texto de ficção baseado em notícias publicadas no jornal.

beijos

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Você negaria um pedido desses?

>> domingo, 28 de novembro de 2010

O pedido era:
- Macá, este ano você vai participar da arrecadação de cestas da Abadia São Geraldo?
- É a mesma dos outros anos?
- É sim; ah! que bom, e será que você pode enviar o e-mail para a sua lista de amigos?
- Claro que posso.
- Oba! Ok, brigadão, beijos.


Quem me fez esse pedido foi meu filho mais velho Felipe, e me enviou o e-mail abaixo:


"Família,

Mais um fim de ano se aproxima e com ele a Gincana de Natal do Movimento PAX (www.movimentopax.org.br), da qual estou participando por mais um ano!!


Objetivo
Para quem não conhece, essa gincana tem por objetivo principal a arrecadação de cestas básicas, que serão doadas ao longo de todo o ano seguinte para famílias carentes das comunidades de Paraisópolis e Jardim Colombo. Acessoriamente, doamos e incentivamos a doação de sangue e arrecadamos produtos de necessidades básicas para asilos.

Projeto
Trata-se de um trabalho sério realizada pela Abadia São Geraldo http://www.asg.org.br/, a qual mantém um cadastro atualizado das famílias beneficiárias dessa ação. Ao todo, são distribuídas 4.300 cestas básicas anualmente, uma vez que são 300 as cestas entregues mensalmente de janeiro a novembro e 1.000 cestas somente no Natal (dezembro)!!!

Gincana
Realizamos essa gincana visando arrecadar a maior parte do montante necessário para garantir o atendimento a todas as famílias cadastradas. Nos últimos anos, temos superado a marca de 2.000 cestas básicas, número que cobre somente 50% da necessidade desse programa. A outra metade tem sido suportada por doadores mensais.
Neste ano queremos bater a meta de 3.000 cestas básicas arrecadadas somente a partir da Gincana de Natal!!! É um objetivo difícil, mas o qual acreditamos ser possível.
GRAÇAS A VOCÊ!!!


E para isso contamos com a ajuda de cada um de vocês!!!


Todos que trabalham para que os resultados sejam obtidos, como eu, são meros intermediários, mas nossos esforços somente serão recompensados com o retorno em doações. Nós mesmos suportamos um alto percentual do número de cestas básicas arrecadadas, mas ele é só uma parte e o restante depende da boa vontade de nossos amigos e conhecidos.

O porquê
O motivo de sua ajuda é você quem escolhe! Mas do mais simples e natural gesto de querer compartilhar, ao mais íntimo dos estímulos morais, vale lembrar que a nossa campanha não tem fim propagandista, não apoia entidade política e, apesar de ser ligada a uma instituição religiosa, não defende credo, porque a verdadeira solidariedade é um ato ecumênico, despido de qualquer interesse.

Como ajudar
O valor da cesta básica comprada pela Abadia este ano é de R$ 45,00 e as doações devem ser feitas até o dia 09/12, véspera da entrega da arrecadação final.
Vale lembrar que são três os fornecedores habituais desse projeto - Calvo, CBA e Marbel -, sendo que todo mês é negociado o melhor valor de compra com cada um deles para que seja feita a escolha pelo mais barato.
As doações poderão ser feitas: (i) em dinheiro; (ii) cheque nominal à Abadia São Geraldo; e (iii) através de depósito em minha conta corrente(*).
Eu asseguro a vocês que tudo o que for doado através de mim será devidamente repassado a esse projeto, inclusive me prontifico a digitalizar e enviar aos doadores o cheque por mim dado, bem como o meu extrato bancário.
Aos que se interessarem, a Abadia São Geraldo fornece recibo no valor da doação.
Para aqueles que fizerem a doação em cheque ou dinheiro, posso ir buscá-la junto à cada um para facilitar.

Beneficiários
Diretamente: são as mais de 300 famílias carentes de Paraisópolis e Jardim Colombo participantes do projeto e, sendo assim, destinatárias das cestas básicas que lhes são entregues durante todo o ano.
Indiretamente: são aqueles que ajudam, seja arrecadando ou doando. E é por esse motivo que o dia da entrega das cestas é aberto a todos aqueles que queiram participar e ver o fruto de sua ajuda traduzido no sorriso e na gratidão dos idosos, adultos e das muitíssimas crianças presentes nesse momento de festa para a comunidade!
Desde já eu agradeço imensamente a todos os doadores e também a todos aqueles que se dispuseram a ler este longo porém necessário texto até o final.
Caso queiram repassar para sua lista de e-mails, fiquem à vontade.
Um grande abraço e um ótimo Natal a todos!"
Sei que não é fácil, principalmente nessa época do ano, onde temos mais despesas, arcar com mais uma, mas sei também que é muito bom sentirmos aquela sensação boa de estar ajudando ao outro.
Então, se você está querendo ajudar alguém e não sabe como, agora já tem uma idéia.

beijos

(*) - caso você se interesse em participar e quer fazer depósito em conta, entre em contato comigo para eu passar os dados.

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BLOGAGEM COLETIVA - Minha idéia é meu pincel

>> quinta-feira, 25 de novembro de 2010

tela de Frida Kahlo - Auto Retrato


Parecia estar escrito: sua vida não seria nada fácil.
Logo após o seu nascimento, sua mãe engravidou novamente e não pode amamentá-la. Para suprir essa falta, contrataram uma ama de leite, mas esta simplesmente “fazia seu serviço”. Sentava, amamentava, levantava e ia embora. Carinhos, afagos? Nada.
Essa falta de atenção provavelmente iria se mostrar um dia.
Era muito apegada ao pai, que todo dia após o trabalho, se refugiava num canto da casa para rabiscar umas telas. Não tinha feito nenhum curso de pintura, mas gostava da mistura das tintas, do colorido aparecendo nos desenhos sem forma na tela. Ela ficava ali olhando aquela busca constante de algo que nunca aparecia completamente.
Ainda criança foi afetada pela paralisia infantil. Não entendia direito aquilo que estava lhe acontecendo, mas tão logo percebeu que não conseguia andar direito, soube que iria sofrer, e assim que voltou à escola começou a ver os risinhos escancarados na cara de seus colegas e logo ganhou o apelido de “perna de pau”.
Não era fácil conviver com isso mas não tinha o que fazer. Sofria quieta, calada no seu canto. Na adolescência começou a tomar consciência do seu corpo, do seu rosto, sua imagem focada no espelho. Se achava feia, sem graça e ainda por cima, mancava.
Não tinha amigos para conversar e fazer confidências.
Mas tinha uma coisa que gostava muito. Museus. Os dois que tinham em sua cidade ela já tinha explorado por diversas vezes. Começou então a se interessar por livros que falassem sobre eles e assim foi conhecendo diversos pintores.
Era infeliz e não sabia o que fazer para melhorar isso.
Mas a vida - que é uma caixinha de surpresas - ainda não tinha lhe mostrado todas as garras. Um dia, voltando da escola, o ônibus em que estava derrapou, bateu forte e ela foi arremessada longe como um pacote caindo de um penhasco.
Sofreu diversas fraturas, teve o corpo perfurado de tal forma que lhe deixou incapacitada para ser mãe. Mas isso ela ainda não sabia. Passou por muitas cirurgias e teve que ficar de cama por muito tempo.
Quase sempre sozinha, com dores que atravessavam seu corpo, sem ninguém para lhe ouvir o choro, buscou ajuda nos seus livros antigos, voltando a visitar os museus, imaginando que isso pudesse fazê-la esquecer, pelo menos um pouco, todo sofrimento.

E, numa tarde fria e chuvosa ela começou a ler e parou: As coincidências eram muitas. Aquilo a tomou de uma tal forma que ela queria saber tudo sobre essa pintora: Frida Kahlo.


Suas vidas eram parecidas, a doença na infância, o acidente na adolescência, a falta de beleza e mesmo assim ela retratava aquele rosto, colocava na tela as nuances da tinta e da dor e aquilo tudo era belo, era arte.

Pensou que gostaria de ter aprendido a pintar. Conseguiria fazer seu auto retrato?
Pensava naquilo quase que diariamente. Um dia, aproveitando a presença do pai, pediu a ele que lhe emprestasse sua caixa de tintas e lhe arrumasse um espelho.

O pai então, feliz por ver a filha empolgada com alguma coisa, trouxe também um cavalete, para que ela pudesse pintar.
Ela agradeceu mas recusou. Pediu ajuda para levantar um pouco as costas, e com ajuda dos travesseiros quase dava para ficar sentada. Colocou almofadas nas pernas onde apoiou o espelho.

Ao seu lado a caixa de tintas e uma palete. Escolheu um pincel, misturou algumas tintas e olhando fixamente para o espelho à sua frente, começou a pintar ........o próprio rosto. Primeiro a testa. Gostou da cor e da textura. Com um pincel maior foi mesclando tintas na face. Os olhos foram marcados com um pincel mais fino, mas com traços fortes. As sobrancelhas receberam tinta escura de um pincel chato. Os lábios foram pincelados com tinta carmim.
Misturou mais algumas tintas e com ela foi tingindo pequenos pontos da face. Chamou pelo pai que olhou assustado pra tudo aquilo e pediu a ele que tirasse uma foto.
Gostou do resultado e sorriu.
Ainda não estava feliz e também não sabia se retratar em tela, mas já tinha algo para fazer e amenizar a sua dor. 

Esse texto faz parte da Blogagem Coletiva "Minha Idéia é meu Pincel" proposta pela Glorinha do Café com Bolo - iniciada em 28/10.

beijos

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Nem marido, nem namorado

>> terça-feira, 23 de novembro de 2010

A semana passada eu li um artigo da Mirian Goldenberg cujo título era:

Nem marido, nem namorado
Apesar de tantas mudanças, ainda faltam bons nomes para definir os novos formatos de relacionamento amoroso

(Mirian Goldenberg é Doutora em Antropologia Social pelo Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Professora do Departamento de Antropologia Cultural e do Programa de Pós-graduação em Sociologia e Antropologia do IFCS/UFRJ.)

E começava assim: 
MUITAS mulheres dizem que não sabem como definir o homem com quem estão tendo uma relação afetiva e sexual.
Algumas moram junto, mas não são casadas legalmente. Outras moram sozinhas, mas têm um compromisso estável. Outras ...... (ver matéria)


Não gostam de chamar de "namorado"(parece ser mais coisa para jovem), "marido" (não, já que não se casaram no papel),  "namorido" (é feio mesmo não?), companheiro (já pensam em política), parceiro (pensam em negócios).
Na matéria vocês podem ver que a autora pede sugestões para ver se  conseguimos descobrir uma definição mais satisfatória para as novas formas de conjugalidade.
Algumas pessoas responderam no caderno de hoje, sugerindo:
- Disponíveis e indisponíveis
- Parceria conjugal
- Colega de viagem
- Relacionamento sério
Enquanto trabalhava à tarde, pensei no assunto.
Por exemplo, eu encontro vocês e para apresentar o meu ....., meu ....., bem, para apresentar o Júlio digo:
- Este é meu homem e ele está indisponível para vocês? (hum?); ou
- Este é meu parceiro conjugal; ou
- Este é meu colega de viagem (acho que ele me mata!); ou
- Este é o homem com quem eu tenho um relacionamento sério! ops, (quer dizer que posso ter outros relacionamentos não muitos sérios?).


É, não dá não.


Então, vocês não querem ajudar a escritora nessa matéria? Como vocês acham que esses relacionamentos deveriam ser chamados? Dê a sua opinião.
Vou encaminhar pra ela o resultado, ok?
Já vou dizendo por mim: eu chamo e apresento como marido mesmo, tá?


beijos

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Insanidade em Fortaleza

>> segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Vou continuar falando um pouquinho sobre Fortaleza(CE), mas prometo que é o último post, ok?
É que eu queria contar uma coisa.

Eu nunca fui de gostar de esportes e brinquedos radicais, sempre tive medo, então o Beach Park nunca significou nada. Meus filhos já foram (o mais velho algumas vezes) e sempre voltavam falando muito, felizes, querendo mais.
Como estávamos lá, meu marido fez questão de ir e marcou o passeio. Eu não ia estragar o dia, certo?, então fui mas já imaginando que praticamente iria fotografar.
Bem, para quem não conhece, o parque fica no município de Aquiráz a 27 km. da capital.
No caminho a guia foi informando sobre todas as regras que devem ser seguidas dentro do parque, de como comprar os ingressos; o aluguel de armários (grande e pequeno) onde se paga o valor antecipadamente + um valor caso se perca a chave; do depósito feito para poder comer e beber lá dentro (nenhum dos lugares recebe dinheiro, só o cartão que nos é dado quando fazemos um depósito), essas coisas.
Tanto o ingresso quanto comer lá é muito caro, quer dizer, pra mim é, mas o valor do ingresso compensa. É muito bom.
Eu me surpreendi indo em vários brinquedos, só que não vão aparecer aqui porque não tinha quem tirasse as fotos.
Nesse, por exemplo, fui várias vezes, numa bóia dupla, e que dá um frio na barriga.
Nesse, nem pensar, não parece mas essa descida (e subida do outro lado) é muito grande. Dá frio na barriga só de olhar.
Aqui é muito gostoso. Quando aquele balde enorme lá em cima enche, ele vira e a água cai forte na gente.
Neste temos que subir vários lances de escada, e a descida dá muitas voltas. Olha o Júlio chegando aí.
Bom, este é o famoso INSANO e nesse eu não fui mesmo. Seria uma insanidade. Pra vocês que me conhecem já sabem: eu sou loira, então pensem, numa queda brusca como essa, os 2 neurônios resolvem se desligar, não.... não podia correr esse risco, rsrsrsrrs
Mas é de arrepiar; são 41 metros de queda livre, onde o corpo sai do encosto por uns 30 cm nos cinco segundos que demora para chegar lá embaixo. Hum..... não, pra mim não dá.
Mas, tirando a comida que não é lá essas coisas, vale a pena se desligar de tudo do meio de tanta água. VALEU.

beijos

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Ausência

>> domingo, 21 de novembro de 2010

Porque estou ausente?
Hum..... metida eu não? Como se todos estivessem se perguntando isso.
Mas como eu gosto de estar aqui todos os dias - ou quase todos - me senti na obrigação de deixar um recadinho para os amigos que passarem por aqui.
Há um tempinho atrás eu postei que estava tentando reformar um banheiro, transformando-o em dois, e até pedi ajuda profissional, lembram-se?
Claro que fui prontamente atendida, e a Lelê do Casa de Catarina me ajudou no projeto, me dando dicas, medidas e orientações.
Como agora a parte mais complicada foi feita, que eram as medidas, estamos na fase de começar a colocar os revestimentos, e eu quero acompanhar.
E aqui no Guarujá eu não tenho conexão para a internet, então uso o 3G, mas não é a mesma coisa, cai toda hora, e os blogs demoram muito a entrar. Então prefiro fazer isso assim que voltar a São Paulo.
Bom, então, caso você passe por esse meu cantinho, já sabe que eu não me esqueci de vocês não tá?
E pra me desculpar, deixo pra vocês um poema do Carlos Drummond de Andrade



Ah! e eu ia me esquecendo. Todos vocês conhecem o blog Um pouco de mim da Elaine Gaspareto, não conhecem? Pois hoje ela me fez muito feliz.
A Elaine começou há um tempo atrás, premiar com o selo "Comentarista excelente", duas pessoas por semana, e neste final de semana eu fui uma delas, junto com a Valéria do blog Uivo da Loba.
Então meu domingo foi ...........só alegria.
beijos

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Minha idéia é meu pincel

>> quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Edgar Degas - Les Danseuses Bleues

 
Ela nasceu linda e assim continuou. Já no Jardim de Infância se destacava das outras crianças pela sua beleza. Aos 8 anos começou a fazer ballet e com isso, sua leveza e harmonia do corpo só melhoraram.
Achava que tinha decidido sua vocação. Os professores se encantavam, as amigas, por mais que dançassem bem não conseguiam se igualar a ela. Nas apresentações era muito aplaudida e isso só aumentava a sua garra.
Mas a adolescência chegou e depois o fim do ensino médio com as suas dúvidas sobre o que fazer da vida. Nos seus 17 anos, ela se achava muito nova para decidir. Continuaria com a dança que ela amava tanto? Faria uma faculdade? Teria como fazer os dois? Abriria mão do seu sonho?
Seus pais achavam que o melhor era cursar uma faculdade, o que tomaria quase todo seu tempo, pois, como em sua cidade ainda não tinha tantos cursos, teria que viajar todos os dias.
Pensou, pensou e .... resolveu ouvir a opinião dos pais. Entrou para a faculdade.
Enquanto cursava, saia com os amigos que eram muitos, namorou, foi muito paquerada e as amigas até comentavam que, só conseguiam ficar com alguém, depois que ela já estivesse com um.
Quando estava para terminar o curso, começou a trabalhar e um dia se apaixonou por um colega de trabalho que já estava caidíssimo por ela. Namoraram uns 3 anos e se casaram.
Festa bonita, pessoas elegantes, mas ela, a noiva, estava mais linda do que nunca, estava deslumbrante. Sua alegria e beleza eram contagiantes.
Logo depois do casamento montou uma empresa, tentava aprender a cozinhar e foi levando sua vida de jovem casada.

Após uns 2 anos começou a sentir uma sensação de angústia, achava que faltava alguma coisa.
Filhos? Podia ser e eles estavam tentando mas ela achava que quando fosse a hora, seu filho iria chegar. Podia ser a empresa, já que não estava feliz com ela. Resolveu vender e assim o fez. Melhorou, mas uns dias depois a mesma angústia apertava seu peito.
Sentia falta de algo, o marido tentava ajudar, sua família também, até que um dia........

se arrumando em frente ao espelho, prendendo o cabelo em um rabo de cavalo, se viu num espelho enorme por toda a parede, ereta, pés erguidos em ponta, uma vontade de sair girando, girando, soltando o corpo na sua graça e leveza, ouvindo as palmas da platéia e então soube.

Um dia tinha largado o sonho para viver a realidade, e hoje, essa mesma realidade haveria de vencer os obstáculos e ela iria viver seu grande sonho.

Esse texto faz parte da Blogagem Coletiva "Minha Idéia é meu Pincel" proposta pela Glorinha do Café com Bolo - iniciada em 28/10.

beijos

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Quer saber um pouquinho mais?

>> quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Pra quem queria saber, a noite foi ótima, obrigada, e descemos rápido porque a van já iria passar nos buscar para novo passeio: Praia de Mundaú.
Nessa praia acontece o encontro das águas do rio Mundaú com o Oceano Atlântico. Dunas branquinhas e um mar azul de águas cristalinas, assim é a praia.
Mundaú significa "Lagoa Grande" na linguagem indígena local e fica a 138 Km de Fortaleza, acesso totalmente asfaltado, através da CE-085 (Estrada do Sol Poente) no município de Trairí.
Possui encantos e belezas naturais, como os recifes que abrigam sua calma península de águas mornas, o rio Mundaú, manguezais, lagoas, lindas dunas de areias claras e sua peculiar hospitalidade, o que lhe proporciona um enorme potencial em termos de atrativos turísticos.
O porto de Trairí  nada mais é do que as jangadas dos pescadores que dão um toque ainda mais especial ao belo mar da praia de Mundaú.

Nesse local os pescadores ficam, às vezes, uma semana no mar, só regressando quando os barcos estão lotados.

Fizemos a viagem, sem parada nenhuma desta vez, e chegamos a uma pousada, onde seríamos recepcionados. Lá é assim; sempre tem um lugar bem estruturado para receber os turistas. A dona dessa pousada é uma artista plástica, e tudo lá é bem decorado e de muito bom gosto.
Para conhecer melhor toda a região, eles oferecem um passeio pelo local (pago à parte, claro) e nós fomos. Descemos até a praia onde um pau-de-arara (hum??????) nos esperava.
Você conhece? Já andou?
Aí estou eu sentada no pau-de-arara (caminhão, geralmente velho, com bancos, onde eles fazem quase todo tipo de transporte).

Andamos uma distância não muito grande, mas o suficiente para não irmos a pé, atravessando o pequeno vilarejo. Karine, a simpática guia da pousada, que nos acompanhava no passeio ia mostrando as coisas, contou sobre os pescadores e quando passamos pelo pequeno cemitério da cidade nos perguntou:

- Sabiam que ninguém que nasce aqui é enterrado nesse cemitério?
Quase todos: - Não, porquê?
- Porque só são enterrados os que morrem, os que nascem não!

Depois do passeio chegamos na beira do mar onde iríamos, de catamarã, passear pelo rio e mar.

Um posto turístico bastante explorado pela sua beleza:
Praia dos 4 coqueiros

Então, tudo lá é assim muito bonito, mas........ o vento!!! Gente, impressionante, não dá pra aguentar. Tentamos ficar um pouco na praia, mas quando em 10 minutos a toalha ficou branca de areia, resolvemos voltar e tomar sol na piscina da pousada.

Vista da pousada 
Detalhe da decoração. Atentem para as redes ao fundo. São muitas delas espalhadas por toda área de lazer.

Depois de um dia de sol, passeio, histórias, almoço, descanso na rede é hora de voltar e a guia Karine se despede da gente com essa poesia:

Vocês vieram nos visitar,
nós nos dispomos a lhe guiar,
o pau-de-arara veio nos transportar,
o belo rio de Mundaú se dispõe a nos encantar,
as dunas brancas sem poder falar
ficam apenas a nos vigiar,
a praia do 4 coqueiros foi
o cartão postal pra você fotografar.
Espero que nessa volta vocês possam
afirmar ou dizer que para fechar
essa aventura ímpar,
Não exista lugar melhor e nota 10 que
a Pousada das Marés.

Sabem fazer uma boa propaganda, não?
beijos

CURIOSIDADES: Durante o passeio de catamarã, a Karine nos informa que podemos comprar cerveja, refrigerantes e água à bordo e coloca música para ouvirmos.
Que tipo de música?
Forró, claro! e diz que lá, quando tem forró, as pessoas dizem que é hora de apertar o nó (juntar mijador com mijador).
E então,querem dançar?

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Redescobrindo Fortaleza (CE)

>> terça-feira, 16 de novembro de 2010

Eu já tinha ido para Fortaleza 2 vezes antes dessa. Mas tinha ido com amigas e meu marido também foi sozinho no ano que passou na faculdade.
Então resolvemos que queríamos ir juntos, como se fosse a primeira vez de ambos.
E fomos da maneira mais em conta (não gosto da palavra barata) possível.
Passagem aérea e hotel 5 estrelas sem gastar um tostão.
Não, não ganhamos de presente não.
Como é possível? Fácil, fácil.
Milhagem e clube de viagem. Dinheiro mesmo só para as despesas com passeios e refeições. Quer saber mais? Ah! depois eu conto.

Agora deixa eu contar um pouquinho do que vi por lá.
Bom, a primeira coisa foi que a cidade toda está em plena expansão.Vocês não fazem idéia da quantidade de investimentos que estão sendo feitos lá na região e de quanto têm crescido as cidades em volta. E não estou falando de PAC ou investimentos governamentais, que também devem estar sendo feitos.  As grandes construtoras de edifícios comerciais e residenciais (Gafisa, Brookfield, etc.) estão construindo de montão, de edifícios a condomínios. Grandes grupos hoteleiros principalmente portugueses e italianos não param de abrir hotéis na região. Pernambuco e Rio Grande do Norte também estão passando pelas mesmas transformações (não sei outros estados, estes eu garanto porque vimos). A última notícia no momento lá no Ceará é o interesse de um grupo coreano em construir uma gigantesca hidrelétrica. Em Fortaleza está sendo construído o terceiro maior centro de convenções do Brasil, só menor que o Anhembi(SP) e o Riocentro(RJ).
O atraso e a seca no sertão continuam? Sim. Mas as mudanças nas cidades são perceptíveis. O próprio censo está mostrando que a migração para o sul-maravilha tá diminuindo.

Resumindo: não estou querendo dizer que a situação por lá é maravilhosa, mas a perspectiva de crescimento para eles é real. Quer dizer, do jeito que está eles não querem que mude uma vírgula.
Querem mais é ter condições de crescer sem ter que abandonar sua terra. E pelo jeito que a coisa anda, acho que bem menos nordestinos migrarão para lugares considerados melhores.

Bem, chegamos lá no domingo, passeamos um pouco pela orla da praia de Meireles, almoçamos numa barraca de praia um peixe delicioso (um pargo assado com baião de dois, fritas e salada) e na volta combinamos com uma empresa nosso passeio para o dia seguinte: Águas Belas
No caminho paramos num pequeno engenho de cana na beira da estrada, onde teríamos a chance de experimentar e ver o feitio das rapaduras que são vendidas ali.

Imaginem um fogão à lenha enorme! De um lado a cana é moida e passada para um tacho (são 3 tachos grandes como esse) que fica mais longe do fogo. O caldo começa a ferver, levanta uma borra que é tirada com uma escumadeira e esse caldo é passado para o tacho do meio onde engrossa um pouco e depois passado para o terceiro tacho, que fica bem na boca do fogo, onde uma pessoa ficha mexendo até a rapadura dar o ponto.
Tudo isso naquele calor e na boca do fogo.

Olha as rapaduras nas formas aí embaixo
E aqui, umas comprinhas: doce de cajú (massa e cristalizado) e ....... rapaduras.

Águas Belas é um praia localizada no município de Cascavel no estado do Ceará a 65 km da capital. Essa praia fica entre dois vilarejos: Barra Velha e Barra Nova. Apesar de ainda possuir áreas sem ocupação, a praia oferece boa infra-estrutura para turistas.
Esse passeio começou a ser feito há apenas 3 meses, pois antes essa área não era explorada.
Chegamos numa barraca totalmente equipada, grande, restaurante com 2 andares, banheiros com local para banho e redes para descanso.
Eles oferecem um passeio de bug (pago, claro) e nós fomos fazer. Nesse passeio a gente atravessa o rio Malcozinhado (é esse mesmo o nome dele) em uma balsa, onde cabem 2 bugs, e são puxadas por 2 balseiros.

Aqui o bug é parado e a gente sobe a pé, com aquele sol e calor, um bom pedaço do Monte dos bugueiros de onde temos essa vista abaixo:
Na volta do passeio de bug encontramos vários pés de caju, com frutos
E é lógico que pedimos para parar e apanhar algumas. Delícia.
Na chegada, um delicioso almoço (trio com lagosta, peixe e camarões) nos esperava. 
Bem, depois disso tudo, já são quase 16 hs (lá eles não aderiram o horário de verão) e é hora de voltar, pensando no passeio do dia seguinte.

CURIOSIDADES:
Você, mulher, já pensou em um dia mandar seu marido pular a cerca?
Não, né, claro!
Mas lá, em Barra Nova, as mulheres fazem isso praticamente todos os dias. É quando elas mandam os maridos sairem para trabalhar, e as cercas em volta da casa são assim:

Olha o Júlio se arriscando aí

Mas, a verdade mesmo é que essa forma de cerca são feitas para facilitar o trabalho das mulheres quando elas voltam do rio onde foram lavar a roupa. Elas voltam com as bacias cheias e pesadas e não tem mão para abrir o portão, então passam a bacia por entre a cerca.

Outra: Nesse vilarejo tem uma pequena sorveteria onde os turistas param sempre pra tomar sorvete, cuja bola custa apenas R$ 1,00. Em frente a ela tem uma igrejinha onde é rezada missa todo........................ mês. Isso mesmo. Lá não deve ser pecado ficar sem assistir a missa todos os domingos, porque o padre só chega lá uma vez por mês.


Nós gostamos tanto do lugar que dissemos que iríamos ficar por lá para esperar a próxima.
Por hoje o dia terminou; a parte da noite não vou contar não tá?

beijos

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O livro que eu esqueci

>> segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Eu sei..... sei que isso foi há uma semana atrás, mas acontece que eu não estava aqui pra contar, então estou mostrando o livro que eu esqueci...... lá em Fortaleza-CE.
Nós saimos para jantar e resolvemos ir a um lugar chamado Boteco da Praia, que fica na praia de Meireles, perto do hotel em que estávamos.
Estava lotado, então ficamos numa sala de espera com sofás e TV.
Deixei-o em cima da mesa e logo depois fomos chamados e outras pessoas chegaram nesse lugar. Quando saimos dei uma olhadinha mas ele já tinha ido.
Espero que a pessoa que o achou goste tanto quanto eu gostei.

O bilhete que eu escrevi:

Agora só espero um dia achar um livro "perdido" por aí; seria sinal que o movimento está dando super certo.

beijos

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Voltei; Saudades e Fiquei feliz

>> domingo, 14 de novembro de 2010

Selo "DARDOS"

Eu voltei, com saudades e assim que cheguei fiquei muito feliz.
Lendo os comentários do meu ultimo post, vi que ganhei o selo DARDOS. E melhor ainda, me foi oferecido por 2 pessoas que admiro muito.

- pelo Antonio Rosa do Blog Cova do Urso, uma pessoa que passei a gostar cada dia mais um pouquinho, pelos textos que publica, pelos ensinamentos através da astrologia e pela gentileza de responder a todos os comentários, tendo sempre uma palavra amiga a nos enviar;

- pela Jussara do Palavras Vagabundas, uma pessoa que começou o seu blog há apenas 2 meses, mas que já conta com um bom número de seguidores em virtude da excelência das suas postagens. Como sempre leu muito, hoje está tendo a oportunidade de passar, através das sinópses, toda sua experiência nesse meio literário. Como ela diz:
"Na verdade não existe livro que não deixa nada, se deixar só raiva já é alguma coisa."

Nem preciso dizer o quanto fiquei lisonjeada e felicíssima com o presente.

O Prêmio Dardos é o reconhecimento aos ideais que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais etc., que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre suas letras, e suas palavras.
Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar o carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web.
O Premio Dardos tem as seguintes regras: Exibir a imagem do Selo no blog; Revelar o link do blog que me atribuiu o Prêmio; Escolher blogueiros para premiar.

Então, aqui está um pequeno problema. Como fiquei fora a semana toda, ainda não tive tempo de ver todas as pessoas que ganharam, assim como sei que tem algumas que não recebem, quer dizer, mesmo que ganhem não publicam.
Então, gostaria de oferecer a todos os blogs que eu sigo e que estão citados no lado direito do blog (afinal eu os escolhi) por saber merecedores desse selo.
É só passar, levar e publicar, ok?

PS: Ah! olha que bonitinho o que a Jussara disse ao me oferecer o selo:
Macá, uma pessoa que conheço há anos e toda vez que posta um conto me surpreende.
E a partir de amanhã, vou começar a publicar sobre a minha semana de descanso.

beijos

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