Isso é que é marido!

>> quinta-feira, 29 de setembro de 2011



A mulher acorda o marido no meio da noite e diz, emocionada: 
- "Querido, sonhei que você estava me dando um colar de brilhantes! O que será que esse sonho quer dizer?" 
E ele responde: 
- "Você vai saber  no dia do seu aniversário meu amor..." 
O aniversário chega, o marido entra em casa com uma caixa  retangular, maravilhosamente decorada. 
A mulher se agarra ao pacote quase chorando de emoção, rasga o papel, abre a caixa e dentro encontra...
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um livro: "O significado dos Sonhos".

O que você fazia heim?

beijos

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Nhenhenhe

>> domingo, 25 de setembro de 2011

Às vezes me pego observando uma pessoa - não vou dizer quem é - à mesa, dizendo pra namorada: - você quer mais salada?
Normal não é? 
É, se isso tivesse sido dito na voz normal, mas não foi.
Foi mais ou menos assim que eu ouvi: amorzinho, voxê quer mais saladinha?
isso me faz voltar no tempo, ainda quando trabalhava no banco.


Sentada à minha mesa, conferindo coisas do dia, de repente começo a ouvir umas coisas estranhas, palavras que não entendo. Não estou prestando atenção, mas a pessoa em questão - no caso, uma colega de trabalho - está falando na mesa ao lado, colada à minha:


- Ah! nhenhé, vamos vai? Nhenhé, eu te amo. Não, não vou desligar, desliga você, um beijinho, não, sou eu que te amo mais, 20 beijinhos, não nhenhé, não quero desligar ....


Uma outra amiga, na época estudante universitária em outra cidade, ao se despedir - em lágrimas - do namorado:

- Forinho, eu não quero ir. Eu vou ficar com muita, muita saudade. E ele, nos seus 1,85 m, quase 100 kgs, tentava acalmá-la dizendo que na próxima sexta-feira já iriam se ver de novo.
- Foro, forinho, voxê vai me esperar? E assim ia até o motorista do ônibus, já de saco cheio de tanta milonga ameaçar partir sem ela.
 Daí, ao ler essa crônica, me lembrei desses momentos.
Já fiz isso? Claro que já, início de namoro, nós nos chamávamos de ....... ah! deixa pra lá........ mas não consigo mais me situar, e também não tinha ninguém como ele (Antonio Prata) pra me alertar.

imagem google

VOZINHA

"QUANDO VEJO um destes sujeitos que tentam disfarçar a careca esticando ralas melenas por cima do cocuruto, de orelha a orelha, me ponho a pensar: será que o infeliz não percebe o fracasso da gambiarra? Não se dá conta de que a lustrosa calva está tão escondida quanto o sol atrás de uma peneira?
     Não, ele não percebe, pois o "comb-over", como os americanos chamam esse equívoco estético (ou "sobrepenteado", numa descabelada tradução), não é o tipo de mau passo que se dá da noite pro dia, mas o resultado de um lento processo; e se é verdade que devagar se vai ao longe, também é certo que a evolução gradual dificulta a compreensão de que se foi longe demais. Numa bela tarde, no fim da adolescência, o indivíduo faz um meneio com a cabeça, jogando a franja por cima de uma entrada incipiente -nem desconfia que, duas décadas mais tarde, estará andando por aí com uma espécie de persiana colada à cachola.
     Solidarizei-me com a turma do puxadinho capilar ao ser acusado, semana passada, de ser praticante de uma outra modalidade de cega degenerescência, tão comum quanto o "comb-over" e, talvez, ainda mais nefasta. Estava num táxi, ao lado do Paulão, colega de trabalho, falando ao celular com minha mulher. Assim que desliguei, Paulão soltou, com indisfarçável sarcasmo: "Nossa, Antonio, nunca imaginei que você fizesse 'vozinha'". Meu mundo ruiu.
     Até então, tinha cá para mim que o tom utilizado para falar com meu amor era absolutamente republicano. Simpático, sim, doce, claro, mas jamais, jamais, jamais descambando para algo que pudesse ser enquadrado como "vozinha" -aquele timbre meloso e infantil que alguns casais adotam, como se falassem com ursos de pelúcia.
     Arrogante, cria-me imune a tal comportamento, coisa de gente que grita apelidos íntimos na seção de laticínios do supermercado, que se chama de "pai" e "mãe" -e nem sempre na presença dos filhos-, que espreme cravos em logradouros públicos.   Ao que parece, contudo, a "vozinha" é como o "comb-over", lenta e insidiosa: você pode estar usando e não sabe. Numa bela noite, no começo da relação, o indivíduo diz um sóbrio "eu te amo", ao despedir-se da namorada -nem desconfia que, duas décadas mais tarde, estará no elevador da firma, falando em alto e bom som: "Titchucão num qué disligá! Diliga voxê, Titchuquinha!".
     Defendi-me atacando. Como meu colega podia fazer tamanha acusação sem provas cabais?! Com um sorriso no rosto, Paulão apresentou as evidências: disse que eu havia atendido o celular falando "Oi, Coisica linda!" e, por seis vezes, teria usado o apelido "Pequenina". Então, dando a estocada final, perguntou: "E ela? Te chama de quê?". Fiz uso do direito constitucional de não apresentar informações que possam ser usadas contra mim e permaneci calado.
     Ontem, tive uma conversa séria com minha mulher. Temos que parar com isso. Ela, contudo, jura que nosso tom não configura uma situação de "vozinha" e que há um enorme fosso entre o carinhoso e o debiloide. Não sei, não. Também os carecas, diante do espelho, todas as manhãs, devem repetir mantras de autoengano, enquanto puxam as costeletas para o alto e as encharcam de laquê. É ou não é, Tichuquinha linda do Titchucão?"

Folha de São Paulo - caderno cotidiano - 21/09/11
antonioprata.folha@uol.com.br
 @antonioprata


E você, já fez ou ainda faz Vozinha? Ah! conta vai! rsrsrsrsrsrs



beijos

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Todo sentimento x Eu nunca amei alguém como eu te amei

>> quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Há quase um ano (29/09/2010) eu publiquei um post com o título Todo sentimento
É muito bonito (modéstia à parte rsrsrsrrsrs).
Nele eu coloquei uma música maravilhosa da autoria do  Chico Buarque e C. Bastos cantada pela Verônica Sabino.
É esta:

Daí que esses dias assistindo a novela Fina Estampa, ouvi uma música que parecia ser a Ivete Sangalo cantando, e eu tentava cantar junto (isso quer dizer que eu já a conhecia, certo?), tentava e não me lembrava da letra, a novela acabou mas no outro dia lá esta ela de novo cantando e eu não me lembrando até que ................insight............... me lembrei.
Comentei com meu marido que ouviu e disse: nossa, que plágio! Ninguém percebeu ainda que é a mesma música?
No youtube ainda não tinha, mas hoje vi várias pessoas postando no Facebook: 
Ivete Sangalo - Eu Nunca Amei Alguém Como Eu Te Amei! Completa (HD) "Tema da Novela Fina Estampa

A música é linda, mas ouçam as duas; a primeira parte é igual ou não?

beijos

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O luxo

>> terça-feira, 20 de setembro de 2011

(imagem google)

"Luxo mesmo deve ser morar em um país onde se possa andar na rua sem olhar em volta com medo de assalto"


MESMO PARA quem já possui casa, carro, casa de praia etc., sempre existirão objetos de desejo.
     Supondo que você seja uma pessoa normal, sem grandes ambições de quadros valiosos e joias inacreditáveis, quais são as coisas que despertam em você aquela vontade louca de ter e aquele prazer imenso quando consegue? Nesses tempos tão modernos, é difícil saber.
     Houve uma época em que as coisas mais banais eram uma festa; uma barra de Toblerone comprada no free-shop enchia de alegria os corações infantis -e os adultos também. Ganhar de presente uma camiseta da Banana Republic ou um cinto da Gap era o suprassumo do prazer, e fazer uma viagem, uma emoção indescritível.
     Tudo era raro, e por isso tão especial. Mas agora os Toblerones são vendidos nos sinais de trânsito, e as camisetas importadas, nos camelôs. Teoricamente é ótimo: não é mais preciso viajar para ter um pote de mostarda Dijon na geladeira -lembra a festa que foi quando o salmão defumado virou o frango da classe média alta? Ótimo é, mas a graça mesmo, essa acabou.

     Em qualquer lugar do mundo você come exatamente as mesmas coisas e pode comprar a mesma bolsa no Rio, em São Paulo, em Nova York, em Tóquio ou Cingapura, todas rigorosamente iguais; as grifes se banalizaram, o que foi lançado na semana passada em Londres já chegou aqui, e para ter acesso às coisas é apenas uma questão de conta bancária.
     Mas apesar de quase tudo ser franqueado, ainda existem coisas especiais, únicas, às quais podemos ter acesso; é só procurar, sem ir atrás das modas.
      De um pequeno restaurante que não faz parte de nenhum guia gastronômico a uma artesã de uma pequena cidade no interior de Pernambuco que faz lenços bordados de puro algodão, sem um só fio sintético, com suas iniciais bordadas; esse restaurante nunca vai ter filiais, e essa bordadeira nunca vai vender suas peças para nenhuma cadeia de lojas.
     Existem coisas bem além da vã filosofia dos consumidores compulsivos, ávidos para comprar o que foi decretado que é moda.
     A banalização deveria ser crime previsto no Código Penal, mas quando surge um restaurante incrível em qualquer lugar do mundo, na semana seguinte caravanas estão se organizando para ir conhecê-lo, só porque ouviram falar.
     Nem todos conhecem os endereços onde se encontram coisas que nunca serão popularizadas, mas todos podemos exercer nossa capacidade de sair da mesmice, do comum e da vulgaridade que impera no mundo atual.
     No lugar de fazer como todo mundo, pesquise, procure e ache um cinto único, uma camiseta única, um restaurante modesto, no fim de um beco, onde vai comer a melhor comida do mundo e que não está em nenhum guia da moda.
     Esses achados -que não são necessariamente caros- são preciosos, porque foi você quem procurou, encontrou, são únicos e só você tem; isso é que eu acho que é o verdadeiro luxo. Achava, aliás.
     Hoje eu penso que luxo, luxo mesmo, deve ser morar em um país onde se possa andar na rua sem olhar em volta com medo de ser assaltado, em que se abram os jornais durante uma semana, só uma, sem ler sobre malfeitos, palavra que virou sinônimo de corrupção, escândalo, roubalheira.
     Deve ser mesmo muito bom.
PS - É hora de pensar, mais uma vez, na inesquecível pergunta de Eliane Cantanhêde em artigo aqui na Folha: "Afinal, o que é que a baiana e o Sarney têm?"

(crônica publicada na Folha de São Paulo em 18/09/11, caderno Cotidiano)

beijos

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Coco Chanel

>> segunda-feira, 19 de setembro de 2011



"Eu já não sou o que era: devo ser o que me tornei!"
(Coco Chanel)

beijos

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PROMESSA? ..........É DIVIDA

>> quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Imaginem uma pessoa ansiosa?
Imaginaram?
Pois então, era EU, hoje.
Vocês devem ter lido por aí que o lançamento do livro de contos VIDAS seria hoje, 15/09, dia do aniversário da Elaine, autora da ideia do concurso. 
Não seria assim......um lançamento como os outros, onde várias pessoas se reúnem pra cumprimentar o autor e adquirir um exemplar. 
Embora o mundo hoje esteja globalizado, acho que seria difícil juntar pessoas do Japão, da Áustria e de vários lugares do Brasil para um lançamento.
Era mais um lançamento simbólico; o livro ficaria pronto hoje.
Aguardei de manhã, daí me ligaram dizendo que iria ser à tarde, depois atrasou, mas finalmente eu recebi.
Olha, embora eu não seja a autora, nele consta apenas um conto de minha autoria, confesso que fiquei emocionada, e fiquei imaginando como se sentem os autores de um (ou vários) livros, romances, ficção, artístico, didático, etc, ao ver seu nome impresso ali.
Creio que o coração pulsa mais forte por alguns momentos.
Se eu, apenas com um conto publicado no meio de tantos outros, e mais como editora desse pequeno/grande livro fiquei assim, pense. É um sentimento muito bom.
Então para que todos nós que participamos do desenvolvimento, do início até esse momento, possamos sentir isso mais vezes, vamos continuar juntos?
A Elaine não vai parar por aqui não, tenho certeza, e nós todos, juntos nesse abraço cultural, vamos continuar pensando, alinhavando palavras, e logo, logo poderemos estar com outro filho nas mãos.

um beijo a todos

PS: Aos que compraram e já depositaram, nosso muito obrigado. Eu já estava deixando tudo pronto pra colocar no Correio amanhã de manhã, mas a Elaine me lembrou que os correios estão em greve. Então, assim que os serviços voltarem ao normal, envio ok?
Aos que ainda não reservaram seu exemplar, amanhã vou informar o site da Editora para que possam efetuar sua compra.
abs 

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GLÓRIA LEÃO em São Paulo

>> quarta-feira, 14 de setembro de 2011


Clique aqui para ver em tamanho maior

Ela fez o lançamento do livro "Na esquina do tempo, nº 50" lá no Rio de Janeiro. Depois fez palestra tipo bate-papo em um café em Niterói. 
Gravou vídeos falando sobre o livro, e nós?  Aqui, só assistindo.
Tudo bem, eu fui no lançamento, até postei sobre o livro, mas eu queria mais.
Eu queria a Glorinha aqui em São Paulo fazendo a divulgação.
Ficamos de marcar, trocamos ideias, conversamos e enfim..............................
marcamos a data.
Então, vamos lá bater um papo gostoso com essa autora simpática, que escreve super bem, que a cada dia está fazendo dessa fase da maturidade, uma coisa mais leve, às vezes até engraçada?
Nós merecemos esse tempo com a gente mesma e com as amigas.


Nossa, eu vou ficar tão feliz com a presença de algumas pessoas que já conheço, mas que estarão comigo nesse momento de um encontro literário e também com as pessoas que conheço e converso até que bastante, mas apenas pelos blogs. 
Vai ser muito bom abraçar cada uma.
E a Glorinha então, que virá lá do Rio pra conhecer todas vocês?
Vamos lá? Posso dar uma sugestão? 
Convidem suas amigas; tenho certeza de que elas também vão gostar de passar a tarde com vocês, conhecendo gente nova, tomando um café gostoso e conversando sobre um assunto que interessa a todas nós.


beijos

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Você um dia imaginou que isso pudesse acontecer?

>> terça-feira, 13 de setembro de 2011

Quando iniciei este blog (o primeiro foi o Varandas Gourmet - blog de trabalho), eu falei que era pra postar coisas que gosto. Lugares, viagens, pessoas, passeios, etc. 
Então, quase nunca falei de política, a não ser aqui e aqui.

Mas hoje eu não resisti. Vocês já tinham imaginado ler uma notícias dessas?


Brics articulam ação de socorro a países europeus
Por Assis Moreira | De Basileia

(imagem google)

Os países do Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - tentam preparar uma ação conjunta para sinalizar ajuda à combalida economia global. O Valor apurou que uma das ideias em exame é a de aumentar a parte de suas reservas internacionais aplicada em títulos denominados em euros. A aquisição de mais títulos de dívida soberana europeia seria limitada aos papéis de países mais sólidos, como Alemanha ou mesmo Grã-Bretanha. Uma decisão deve ser tomada no encontro de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais dos Brics no dia 22, em Washington.
O interesse político é claro - aparecer como contribuinte para estabilização dos mercados e assim ilustrar a que ponto a balança na economia global está mudando. Além disso, os Brics poderão diversificar e, em alguns casos, obter melhor rendimento do que com os de títulos do Tesouro americano. "Vamos esperar o desenvolvimento dos fatos na Europa", afirmou, cautelosa, uma autoridade monetária ao Valor. "No momento", disse, não há articulação segura sobre aquisições de títulos europeus.
A prudência entre os países é obrigatória, como diz uma fonte asiática, até porque o tema pode ser conflituoso. Como nota um participante da reunião em Basileia, fica difícil explicar à opinião pública a aquisição de títulos europeus no cenário calamitoso atual da zona do euro.
O Brasil já vem diversificando suas reservas, reduzindo a fatia investida nos títulos do Tesouro americano. O país já é o quarto maior credor dos EUA, com US$ 211 bilhões até maio.
Na crise financeira de 2008, o Federal Reserve dos EUA emprestou muito dinheiro para os europeus. Agora, outro país visto como potencial "salvador" é a China, a segunda maior economia do mundo, com US$ 3,2 trilhões de reservas internacionais. Mas Pequim já jogou dezenas de bilhões de dólares em títulos denominados em euros e está mais cautelosa no cenário atual.
Ontem, a corrida por um refúgio seguro para o dinheiro levou os rendimentos dos bônus soberanos dos EUA, Alemanha e Grã-Bretanha a uma baixa histórica. Os 'bunds' alemães de dez anos rendiam 1,72% ao ano. Os Treasuries americanos de mesmo prazo caíram a 1,88%. Já os títulos da dívida da Grécia, refletindo o temor de default, pagaram juros superiores a 65%.
(Jornal Valor Econômico - 13/09/2011)



beijos

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Você gosta de ler?

>> sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Você gosta de ler?
Assim..................ler muito?
Muito mesmo?
Ah! então você já conhece o blog da Jussara o "Palavras Vagabundas".
Não conhece? Então é serio: precisa conhecer.
A Jussara é dessas pessoas que lê muito, lê tudo, e depois faz uma resenha do que leu e posta. 
Sabe o que acontece? Todo mundo quer ler o livro postado.
imagem google

E este mês o blog dela está completando um ano. É......... um ano que ela está vendendo livros das livrarias e sebos. 
E ela resolveu comemorar postando livros lidos pelos seus seguidores.
Primeiro foi a Glorinha do blog Café com Bolo e ontem, 08/09/11, fui eu.
Também estou participando da festa.
E eu quero desejar a ela, que o blog continue a lhe trazer muitas alegrias, muitos amigos, muitos abraços apertados.
E que ela continue a nos presentear com dicas maravilhosas como foi feito até agora.
beijos

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PUM?

>> quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Hoje, quarta-feira, 7 de setembro.
Não, não vou falar sobre a Independência do Brasil.
Quarta-feira é dia de?
Isso mesmo.......... Acertou quem disse Antonio Prata.
Quando vocês se cansarem dele me avisem tá?
Do 'pum'
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Salvo engano, é a primeira vez que
um pum vira manchete, e eis aí um
fato da maior importância
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(imagem google)
Passei segunda-feira escrevendo a crônica que deveria ocupar este espaço. Era seriíssima, sobre a morte, tinha arroubos de lirismo e aspirava mesmo a alguma profundidade. Após terminá-la, resolvi perambular pela internet, para dar uma espairecida. Qual não foi meu assombro ao ler, na página do UOL, a seguinte manchete: "'Pum' foi lamentável, mas não fez Fla perder, afirma Luxemburgo".


     Minha primeira reação, após o susto, foi a descrença. Não entendo muito de futebol. Talvez "pum" fossem as iniciais de uma regra -"Pontos Unificados da Média"?-, que prejudicara o Flamengo, na tabela. Quem sabe, "Pum" seria uma torcida organizada -"Palmeirenses Universitários de Mucuri"?-, acusada de atirar pedras no ônibus rubro-negro, a caminho de tal partida. Cheguei a pensar que "pum", sempre entre aspas, na matéria, pudesse ser uma jogada nova, importada da Inglaterra, espécie de paradinha, proibida pela FIFA. Imaginei o atacante do time adversário praticando um "pum" desleal e marcando o gol da vitória.


     Ao clicar na manchete, contudo, descobri que pum era pum mesmo - e meu coração bateu forte, como o de uma criança ouvindo pela primeira vez um palavrão sair da boca de um adulto.


     A matéria começava assim: "O técnico Vanderlei Luxemburgo negou que o "pum" que um jogador (ainda não identificado) soltou durante sua preleção tenha sido um dos causadores da derrota por 3 a 1 para o Bahia, no último domingo". Ainda segundo o texto, Luxa teria ficado possesso com o riso desencadeado pelo traque e abandonado o vestiário. No dia seguinte, o Flamengo perdeu o jogo.


     Queria parabenizar o UOL pelo pioneirismo. Salvo engano, é a primeira vez que um pum vira manchete, e eis aí um fato da maior importância. Afinal, se a flatulência causou tal estrago numa preleção, que desconfortos, desentendimentos e tragédias não terá acarretado, ao longo da história?


     Imaginem um pum no plenário da ONU. Nas prévias eleitorais. Em negociações entre patrões e empregados. Terá o pum sido utilizado em interrogatórios? Haverá a CIA criado a simulação de pum, assim como inventou a terrível simulação de afogamento? Sem falar no perigosíssimo pum medieval, época em que reinos sustentavam-se sobre casamentos arranjados e alimentos pútridos.


     Se nada sabemos sobre esses acontecimentos é porque, durante o século 20, a história esteve sequestrada pelo viés econômico. Nem a escola dos "Annales" -sem trocadilho, por favor-, com sua abertura metodológica, chegou a levar o pum a sério. E, no entanto, como provam a matéria do UOL e a experiência cotidiana, o homem não é governado somente por desejos materiais e conflitos políticos: move-se também por impulsos mais etéreos e -com trocadilho, por favor - intestinos.


     Podemos tentar fugir de nossa pequenez construindo foguetes, fazendo abdominais ou escrevendo crônicas sobre a morte, com arroubos de lirismo e profundas aspirações, mas no fim das contas -e era isso que eu queria dizer em meu texto anterior, quando fui interrompido pelo anônimo traque, assim como Luxemburgo, na preleção-, não somos mais do que uns risíveis primatas que nascem, crescem, morrem e, neste ínterim, soltam uns puns por aí.

antonioprata.folha@uol.com.br
@antonioprata
Blog 'Crônica e Outras Milongas'
antonioprata.folha.blog.uol.com.br 



beijos e bom feriado

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Livro VIDAS

>> domingo, 4 de setembro de 2011

De um post lido no blog Um pouco de mim da Elaine Gaspareto, surgiram alguns e-mails, alguns quem sabe, vamos ver, será que vai dar certo e afinal........ deu tudo certinho.
O livro está aí, prontinho pra ser lançado agora no dia 15/09/11.
Contei aqui com a colaboração do meu marido, que sempre diz: já que vai ser feito, que seja feito direito. E com isso se propôs a fazer a diagramação e a criação das capas que foram para votação e agora é só esperar mais alguns dias pela impressão e.......... pronto.
Vamos ter nas mãos o fruto de uma dedicação.
Espero que todos gostem do resultado.
E como todos sabemos como ainda é muito difícil a venda de livros no Brasil, vamos juntos fazer a divulgação, comprar, presentear, para que outros projetos como esse venham no rastro deste.
Não é bom?

 

"Muito bom e bem escrito. Descreve bem uma vida de luta, revolta e solidão."

"Despiram-se das roupas e dos pudores, numa simbologia dos costumes que nos regem, muitos deles causadores de maleficios a pessoas como Angela. Sera que teremos de anunciar o fim do mundo para que deixemos de ser arrogantes, insensiveis e preconceituosos. Um belo conto que nos leva a reflexão." 

"Adorei! Leitura gostosa, fácil, mas com um tema não tão simples: a fuga da realidade para encarar a nossa vida que está bem à nossa frente e ficamos cegos para enxergá-la, criando expectativas e escolhendo caminhos errados. Parabéns!"

"Esse conto...nem te conto! Parabéns! Ganhou meu voto, achei extremamente criativo o 
paralelo das vidas paralelas que só se encontram no infinito".


"Um gostoso conto a nos falar que as coisas vão melhores quando estamos abertos para usufruir os imprevistos da vida. beijos".


Muitas pessoas já levaram o selinho da capa para divulgação. Leve também.


beijos


    

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Eu e você temos. Ela? Não tem

>> quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Eu tenho.
Você tem.
Ela? ................................. Não tem.

Ciranda da Bailarina
(Chico Buarque)


beijos

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