Homem só quer sexo?

>> terça-feira, 30 de agosto de 2011

Como estou casada já há bastante tempo (e eu espero continuar assim), não sei como andam os relacionamentos por aí, quer dizer, só o que ouço falar.
Pelo que mais ouço é o seguinte: os homens não querem nada com nada, e isso já tem tempo. Tenho amigas mais velhas do que eu que ficaram viúvas e não encontraram um par porque............ eles não querem saber de mulheres velhas.
Tenho amigas bem mais novas, ainda solteiras, que não encontram uma pessoa para compartilhar a vida. Elas dizem que eles não querem se comprometer.
Bom, eu aqui em casa tenho dois filhos; um já namora há alguns anos, e quer se comprometer sim; o outro, mais novo, está sempre comprometido.
Mas o que acontece na realidade?
São eles que não querem um relacionamento sério ou hoje são elas que querem só viver a vida sem que uma pessoa só atrapalhe isso?
Então hoje eu li esse artigo da escritora Mirian Goldenberg.
Vocês concordam com ela?
Os velhos clichês e a guerra dos sexos

"HOMEM SÓ quer sexo, mulher quer amor." "Todo homem é galinha, machista e infiel." "Homem tem medo de mulher independente." 
     "Homens ficam inseguros quando o salário da mulher é maior." "Homens são infantis, bobos e imaturos." 
"Eles odeiam discutir a relação."
     "Homem não sofre por amor." "Eles se separam e logo arranjam outra." "Eles detestam mulher inteligente."
     Esses e outros clichês são crenças frequentes entre as mulheres brasileiras.
     Elas repetem esses velhos chavões como se só elas, e não eles, tivessem mudado nas últimas décadas.
     Não encontro entre os homens os mesmos clichês.
     Eles dizem que se sentem atraídos pelas inteligentes e que admiram as fortes, poderosas, independentes.
     A maioria quer sexo, sim, mas com a mulher amada. Um economista de 55 anos declarou: "Para as mulheres, todo homem é galinha. Sempre fui fiel à minha mulher. Não quero ter outra. Quero que ela seja também a minha amante. Não quero trair a minha melhor amiga".
     Os dados do IBGE mostram crescimento no número de homens que se casam com mulheres mais velhas. 

     Eles desejam uma mulher bonita, é verdade, mas desde que ela seja interessante (inteligente, bem-humorada, independente).
     Como me disse um arquiteto de 47 anos: "Essa coisa de homem trocar uma mulher de 40 por duas de 20 é o maior clichê que as mulheres inventaram. Quero uma mulher interessante, uma companheira. E que mulher de 20 anos pode me ensinar alguma coisa? Não quero uma filha para ser dominada ou um troféu para ser exibido. Mas as mulheres insistem em rotular os homens".
     Ou ainda, conforme um jornalista de 39 anos: "É até engraçado! As mulheres se consideram únicas, especiais, diferentes. Já nós, os homens, somos todos iguais. É como se elas fossem de uma espécie mais civilizada, superior, e nós os primitivos, seres inferiores".
     Elas continuam repetindo ideias que não combinam mais com grande parte dos homens brasileiros.
     Acabam, assim, reforçando os estereótipos de gênero, os mesmos que elas dizem querer destruir.
     É óbvio que as brasileiras estão mais livres.
     Mas parece existir uma cegueira feminina na hora de aceitar as transformações dos comportamentos masculinos e os novos modelos de ser homem.
     Para conquistar uma verdadeira igualdade entre os gêneros, não seria a hora de parar de enxergar todos os homens pela mesma lente dos velhos clichês?


MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de "De Perto Ninguém é Normal" (Ed.BestBolso)


beijos

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Tango

>> segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Você gosta do programa do Faustão? Eu não.
E de música e dança? Eu gosto.
E de tango? Ah! eu adoro. 
Então ontem eu assisti aos 3 finalistas do concurso Dança dos Famosos. 
Como eu gostaria de dançar assim. Essa leveza, essa sensualidade!
Bom, mas hoje, andando no parque, meu Ipod tocou a música Tango pra Tereza.. Ela não fez parte da Dança de ontem, mas é um tango muito bonito também.


Tangos "La Cumparsita" e " Um Tango Para Teresa", ilustrados com casais dançando o tango com exuberante beleza e sensualidade.

beijos

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Quem protege as palavras?

>> quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Eu dei uma parada no trabalho, entrei no blog e já estava copiando o texto pra postar quando pensei: 
- Ele de novo? O que as pessoas vão pensar de eu colocá-lo novamente?
Toda semana agora?
Mas, pensei também: quando a gente gosta de alguém, não quer estar pertinho, sempre junto?
ou, quando apreciamos uma comida ou um doce, não estamos sempre comendo?
ou, quando gostamos muito de um lugar, não fazemos o possível pra estarmos sempre lá?
Então está decidido: Ele, Antonio Prata, estará sempre por aqui.
Vou contar uma coisa pra vocês. Todo dia quando desço para tomar café, o jornal já está ali na mesinha, e, às quartas-feiras a primeira página que abro pra ler, adivinhem o que é?
A coluna dele, claro. E hoje mais um artigo me encantou, tanto que estou pensando em fazer o que ele diz no último parágrafo. Vocês topam?
Leiam, e se concordarem, vamos ajudá-lo?


Os mercadores de Veneza
Chamar as prateleiras do supermercado de gôndolas é como construir prédios no meio do Ibirapuera
* * * * * * * * * * * * *
FOI COM GRANDE assombro e não menor repúdio que eu descobri, dia desses, que as estantes dos supermercados chamam-se gôndolas.
Até então, tinha cá para mim que gôndolas eram utilizadas única e exclusivamente para levar casais apaixonados, espiões russos e turistas japoneses pelos canais de Veneza. Jamais imaginaria que esse mesmo substantivo pudesse, encalhado num piso de linóleo e sob o tremelicar quase imperceptível das lâmpadas fluorescentes, sustentar pacotes de biscoito, caixas de sabão em pó, gordura vegetal hidrogenada.
     Nunca fui a Veneza. Talvez seja melhor assim. Sua existência, não confirmada pessoalmente, continua a fazer parte do meu imaginário infantil: a cidade cujas ruas são feitas de água está para São Paulo como os unicórnios para os cavalos, os vulcões para as montanhas, os dinossauros para as lagartixas. E, se o chifre do unicórnio não é qualquer chifre, mas uma lança espiralada, inexistente noutros animais, os barcos da cidade aquática tampouco poderiam ser meras lanchas ou canoas: são gôndolas, com suas pontas curvas como as dos sapatos do Sultão d'As Mil e Uma Noites, de Ali Babá e Seus Quarenta Ladrões, dos gênios que surgem da lâmpada, em meio à fumaça, prontos a realizar três desejos. Alguma semelhança com prateleiras de fórmica e aço inox, caro leitor? Não, não, eis aí um atentado contra a língua, um crime de lesa-poesia que deve ser reparado o quanto antes.
     Veja bem: as cidades têm regras para protegê-las da voracidade do mercado. Planos diretores, leis de zoneamento: ali pode prédio, aqui não. A propaganda tem leis para conter a falta de escrúpulos dos anunciantes: álcool não deve ser anunciado para menores de idade, cigarros estão proibidos de patrocinar eventos esportivos. O próprio mercado precisa ser regulado externamente. As palavras, contudo, quem as protege? Ninguém. Um dia, um infeliz decide batizar as estantes de gôndolas e pronto, o mal está feito.
     Trazer a gôndola dos canais de Veneza para as seções de laticínios é, para a linguagem, equivalente a construir um prédio no meio do Ibirapuera, para as cidades. Uma gôndola de supermercado, meus amigos, é um unicórnio abatido para, do marfim de seu chifre, arrancarem cinzeiros e bolas de sinuca.
     Minha bronca com esse sequestro semântico é tanta que, se nesta manhã fria, enquanto escrevo a crônica, me aparecesse um gênio da lâmpada, com seus gondulares sapatões, incluiria no pacote de desejos o pedido para que rebatizasse as prateleiras dos supermercados, restituindo assim à gôndola a grandiosidade arruinada por latões de óleo de soja e saquinhos de Miojo.
     Ou os mercadores dão às estantes um nome apropriado - estantário, prateleiral, "trúncio", por que não?- e devolvem à humanidade esse belíssimo substantivo, ou lançarei uma ampla contraofensiva na internet, com apoio de poetas, de escritores e da máfia italiana: passaremos a chamar cartão de crédito de avestruz, caixa registradora de asa-delta e crachá de buganville. Para cada grama de lirismo que nos foi roubado, um grama será devolvido, impiedosamente.
antonioprata.folha@uol.com.br
@antonioprata 


beijos

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Saúde acima de tudo

>> segunda-feira, 22 de agosto de 2011


Apesar do peito aberto pela cirurgia que lhe separou as costelas, o rapaz dormiu o melhor sono de sua vida

"Primeiro, foi um livro aterrador de Dino Buzzati, o mesmo de "O Deserto dos Tártaros", que lhe valeu a classificação de Kafka italiano. Mas seu maior sucesso, creio eu, foi "O Oitavo Andar".
Numa história simples e terrível, um camarada encontra na rua um amigo médico que estranha a sua aparência meio doentia. Conversa vai, conversa vem, o médico recomenda que o amigo faça um exame de rotina, nada de grave, apenas para ver como vão as coisas.
O amigo aceita a sugestão, vai fazer os exames de rotina e é encaminhado para o oitavo andar do hospital cujo diretor era o médico seu amigo. Suspeita nenhuma, apenas certa palidez e, volta e meia, alguma insônia.
No exame, o especialista manda fazer uma radiografia e descobre que há um sinal estranho no pulmão direito. Recomenda uma tomografia, cujo equipamento se localiza no sétimo andar do mesmo hospital.
Feito o novo exame, aparecem uns gânglios inflamados na região do pescoço e é pedido um novo exame, a ser feito no sexto andar, onde há um equipamento de última geração. Para a garantia de todos, o sujeito precisa ser internado. Nada grave, apenas uma garantia suplementar do hospital.
Feito o exame, descobrem a possibilidade de uma infecção sanguínea e o sujeito é transferido para o quinto andar, onde fará hemodiálise e transfusão. Para maior conforto e segurança, ele é transferido para o quarto andar, onde é submetido a uma biópsia e, mais tarde, já no terceiro andar, é operado de um nódulo suspeito de malignidade.
Recuperado da cirurgia, passa por uma avaliação acurada no segundo andar, onde contrai uma septicemia que o leva diretamente ao primeiro andar. Uma semana depois, já no primeiro andar, está numa UTI em estado terminal. Na segunda noite, um rabecão o espera no andar térreo para as providências de praxe.
Aí termina a ficção de Dino Buzzati. Na vida real, um jovem italiano, de 27 anos, sofre de uma estranha coceira nos pés. Não consegue dormir e procura o mais famoso dermatologista de Roma, que não pode atendê-lo devido a um congresso no Canadá, onde será o principal expoente. Apresenta-o ao seu assistente, que receita pós e pomadas, além de antibióticos.
Não havendo resultados, convocam um japonês, o mais famoso acupunturista da Europa continental. Esfrega o rapaz com essências orientais e agulhas da Polinésia, tidas como as mais eficazes.
O rapaz não melhora. O dermatologista famoso retorna do Canadá e manda tomar cinco remédios alternados, de duas em duas horas, antes das refeições. À noite, depois de uma dose cavalar de tranquilizantes, o sujeito é pendurado no leito de cabeça para baixo, para que os pés fiquem o mais altos possível.
Não havendo resultados, é sugerida uma consulta ao mais famoso oncologista de Roma, que descobre um linfoma não Hodgkin e prescreve cinco sessões de quimioterapia à base do Mabthera, a última novidade para casos de câncer linfático.
Numa das sessões, o coração do rapaz dá sinais de anomalia e o melhor cardiologista da península Ibérica, chamado às pressas (estava tratando um xeque da Arábia Saudita que havia sofrido um infarto), sugere um transplante da válvula mitral que não está funcionando bem. Uma serra especial, parecida com uma dessas motosserras que devastam a floresta amazônica, abre o peito do rapaz, afasta as costelas e introduz uma válvula mitral retirada de um porco, que tem as mesmas características da válvula original.
Nenhum dos procedimentos melhora a coceira furiosa do rapaz, que sempre andava e dormia de meias pretas, por superstição ou outra causa qualquer. Uma tarde, após o banho regular, a enfermeira não encontrou um par de meias pretas, foi ao ambulatório e trouxe meias brancas.


Apesar do peito aberto pela cirurgia que lhe arrebentou o osso esterno e lhe separou as costelas, o rapaz dormiu o melhor sono de sua vida. Nenhuma coceira nos pés.
A faxineira que lhe trouxe o café na manhã seguinte reparou nas meias brancas e contou que também não podia botar meias pretas por causa de uma alergia que não a deixava dormir. Na realidade, nem dormia de calcinha, pois sentia coceiras lancinantes na região dos países baixos."
CARLOS HEITOR CONY - Folha de São Paulo, Caderno Ilustrada 19/08/11

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A Incontornável Necessidade de Ler

>> quinta-feira, 18 de agosto de 2011


Hoje, relendo o texto abaixo, guardado há bom tempo na "pasta de postagens" eu só conseguia pensar em duas pessoas:
- a Glorinha do Blog Café com Bolo, pela delícia das suas escritas, contos, sonhos, ideias, desabafos, e ultimamente pelo seu livro Na esquina do Tempo, nº 50, e
- a Jussara do Blog Palavras Vagabundas, pelas resenhas maravilhosas (de parte daquilo que lê), que faz todo mundo querer ler ou reler o livro postado.
Então quero dedicar o post de hoje a essas duas amigas, pessoas de bem com a Cultura.
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A Incontornável Necessidade de Ler

Paul Auster, escritor americano, afirma que a leitura é uma das raras experiências humanas em que dois estranhos se encontram numa situação de suposta intimidade e por isso ainda há humanidade e um insubstituível elemento para se estar vivo. Autor de best-sellers, Auster reitera sua afeição pela literatura francesa traduzindo, entre outros, Sartre e André Breton. Aconselha aos jovens escritores a traduzir poesia para entender melhor o significado intrínseco das palavras.

     Deixando a ‘estação Auster’, e seguindo a incontornável necessidade de ler e contar histórias, desembarco nas pastagens daqueles que adestram o faz de conta para que no encontro com quem lê a visão do mundo se subordine às multifocais lentes das mentes expandidas.

     A literatura é libertária. Salva-nos da existência única. Com ela, trazemos o remoto aos dias de hoje, construímos as nossas lembranças e inventamos os dias que hão de chegar. Mais que distração, quando lemos, arbitramos sobre vidas alheias, decidimos o destino dos personagens, como parte da história.

     A questão é que para que haja leitura, há que haver escritura. Desse pressuposto advém o pacto entre quem lê e aquele que escreve.

     Um escritor, como um bandeirante, abre clareiras no desconhecido. E, uma vez seguro do terreno em que pisa, desenha o mapa para que o sigam nas suas aventuras. É, acima de tudo, um ser generoso. É grande sua alegria em compartilhar sonhos. Acena um convite tácito chamando o leitor à sua mesa, numa situação de suposta intimidade e divide com ele sua fome e seu alimento.

     Nos versos sábios de ‘Ponto de Partida’ o compositor Sérgio Ricardo define essa cumplicidade: A busca como medida. O encontro como chegada. E como ponto de partida.

     Isto posto, dobro-me em reverência aos necessários detentores do dom da escrita. E desejo vida longa aos que não querem só comida; querem comida, diversão, arte e o espírito livre das obras literárias.
(Maria Balé - escritora)
beijos

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Meia Noite em Paris

>> terça-feira, 16 de agosto de 2011

No início deste ano publiquei este post, vocês se lembram?


"Bom, amanhã já é sexta-feira, final de semana chegando, muito quente, então que tal?




Gostaram? Ah! e dizem os especialistas que é muito bom para a pele e também para ...... emagrecer!

beijos"
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Qual não foi minha surpresa no final de semana quando fui ao cinema assistir "Meia Noite em Paris" do Woody Allen, vocês já viram?



Se não viram ainda, vão logo. Sabe aquele filme gostoso de ver, imagens de Paris (ai, quero ver de novo), trilha sonora belíssima. E daí a minha surpresa! A mesma música cantada por Chico Buarque e Elza Soares, mas na versão original -  Let’s do it – Cole Porter.
Eu poderia escrever um resumo aqui, mas vou deixar pra vocês verem diretamente no filme, a viagem no tempo de volta à Idade de Ouro de Paris, durante a década de 20. 
O charme, o encantamento, a cidade cheia de escritores, artistas e personalidade que, não sem exagero, deram o ponta-pé inicial para muito do que hoje existe em termos de arte.
Saia da sessão com aquela vontade de comprar outro ingresso e entrar novamente, e se deixar levar com as cenas ouvindo as músicas do filme.
Vá, você está precisando disso.


um beijo

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Dia dos Pais

>> sábado, 13 de agosto de 2011

Amanhã, 14/08/2011, segundo domingo do mês, comemoração do Dia dos Pais.
Eu não tenho mais pai vivo; ele se foi há muitos anos, mas confesso que até hoje eu sinto muita saudade.
Meu pai era uma pessoa muito simples, e o máximo que ele usava de perfumaria era o sabonete, o desodorante e algumas vezes um produto para o cabelo que eu acho que era Glostora (procurei no Google).
Será que se ele tivesse vivido um pouco mais, iria se acostumar com tantos produtos vendidos hoje, específicos para homens ?
Bom, eu creio que não, ele era de uma outra geração, mas, o que vocês acham do aumento em 39% da venda de cosméticos para homens em apenas 1 ano?


FRESCURA DE MACHO
Hoje, além das espumas de barbear normais, existem as pra peles sensíveis; com camomila e hidratantes, com aromas cítricos; os pós-barba com argila sem óleo e sem álcool; com menta e sálvia para refrescar a pele; xampus antioleosidade, para controle da caspa, tonalizante para retirar o amarelados dos fios brancos, creme finalizador para definir penteado fora os cremes para o rosto, como o gel com mentol pra aliviar o aspecto de cansaço, roll-on para área dos olhos, gel esfoliante, fluido hidratante com ação antifadiga, etc, etc...
Com isso, foi-se o tempo em que presente de Dia dos Pais era caixa de ferramentas ou kit-barba. Eles também curtem o último lançamento cosmético ou um "vale-tratamento".
Se o jogador Ganso escancara que arranca pelos, quem precisa esconder a peruíce? "A novidade não é a depilação, mas a naturalidade com que ele fala sobre isso, sem dramas de afirmação". 
Nesta semana a Folha Equilíbrio mostrou que, um empresário de 30 anos, gasta R$ 400,00 no cabeleireiro. Faz limpeza de pele trimestralmente e sua nécessarie tem creme antirrugas, anti-olheiras e xampu para cabelo tingido. "Os amigos tiram sarro de mim quando estão em turma, mas depois, cada um vem pedir um conselho", diz ele.
Um outro - gerente de marketing - diz que também enfrenta gozações. "Falam que não sou metrossexual, mas quilometrossexual".
Ruga de preocupação - Botox, tratamentos contra manchas e depilação a laser estão aumentando a romaria de homens aos dermatologistas. O botox é muito procurado por eles para a ruga entre as sobrancelhas.
Como o assunto ainda é polêmico, dois colunistas da Folha de São Paulo foram escolhidos para dar sua opinião: Danuza Leão e Xico Sá.
Vejam a opinião de cada um:
Uma questão de ordem - Danuza Leão
Eles invadiram nossa praia sem pedir licença, mas estão exagerando. Quando ouvi falar, pela primeira vez, que os homens estavam indo fazer pés e mãos, fiquei chocada.
Mas, como virei moderna, hoje penso que todos têm a obrigação de cuidar de suas extremidades, sim, mas que sejam atendidos em casa, pois a postura de um homem fazendo as unhas não combina com a masculinidade. E desde que não usem esmalte incolor, como o caixa do banco: fui pagar conta e fiquei em tal estado de choque que quase chamei o segurança.
OK, tudo bem, os costumes mudam, mas não é possível se apaixonar por um homem que faz escova. Eles já usam aro no cabelo e brevemente vão estar de franja e fivelinha. Ah, não, não vejo um homão de verdade fazendo as sobrancelhas e se depilando.
Imaginar que um possa dizer, antes (ou depois) do amor, "Cuidado para não desmanchar meu cabelo" não dá. Metrossexual? Me engana que eu gosto.
Não acredito que esses "novos" homens façam o coração de uma mulher bater mais forte, e deve ser por isso que elas andam mais desencantadas. Onde estão aqueles que nos faziam perder o rumo de casa? Onde é que foram parar? Tão bom ouvir um "Com esse decote você não sai comigo".
Do jeito que as coisas vão, um dia os papéis vão ser trocados, a mulher vai ter que por limite, dar um murro na mesa e dizer: "Tudo bem você usar meus cremes, mas meu batom, minhas calcinhas e meu sapato, isso não".
É preciso botar ordem na casa: ou se é mulher, ou homem, ou gay. Era assim, pelo menos.



Disputa no Espelho - Xico Sá
E da capanga básica com uma latinha de Minâncora, um cortador de unhas -tipo Unhex- e um tubo de polvilho antisséptico Granado chegamos a uma sortida nécessaire de cremes e frescuras. Daí para uma sobrancelha desenhada foi um pulo.
Tudo começou quando Deus, de uma costela de Beckham, criou o metrossexual. Perdido no mato sem cachorro ou GPS, esfoliado e mal-pago, o macho tenta uma desforra contra o avanço histórico da fêmea. Bem no campo da cosmética.
Sintoma do triunfo do metrossexualismo, que deixa o seu rastro de peles lambuzadas e mulheres divididas.
Há quem goste. Tenho percebido, porém, um coro de moças perplexas diante deste novo caubói sensível.
As últimas queixas que ouvi de amigas intrigadas com seus rapazes delicados: "A bancada de potes de creme dele é maior do que a minha, como pode?"; "Outro dia, repare, ele demorou mais para se arrumar do que eu"; "Fico revoltada quando um marmanjo, e dito hétero, fura a fila da clínica de depilação"; "Outro dia ficamos disputando o espelho do banheiro do hotel, vê se pode!"
Pode sim, minha querida, o macho-jurubeba, o dito cavalheiro à moda antiga, já era. Deve ter sobrado uma meia dúzia. Uns três na Mooca, aqui em SP, e mais três no Crato, terra de origem deste cronista.
Calma, moça, não significa que o homem seja menos macho, menos testosteronizado. Não obrigatoriamente. A simbologia, o que representava o sexo masculino, porém, está indo mesmo para o buraco.
A vaidade masculina, senhorita, não tem nada de ilegal, imoral, aética. É legítima e faz a festa da indústria. É só uma questão de você se acostumar com esse seu novo concorrente no campeonato da vaidade.



(dados tirados do jornal Folha Equilíbrio de 09/08/11)


E você, concorda com eles? Qual sua opinião?
beijos

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Twitter, Facebook e o Apocalipse

>> quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Local próprio para fingir que se trabalha
(imagem: google)
"AS COISAS não vão nada bem no hemisfério Norte. A Grécia foi pra cucuia, Portugal e Espanha estão no vinagre, e, na Irlanda, os únicos habitantes que fizeram alguns caraminguás em 2011 foram os quatro integrantes do U2. Até os EUA, quem diria, ameaçaram dar um calote global, o que levou a agência Standard & Poor's a divulgar que a grande potência está mais pra "poor" do que pra "standard".
     Diante dos abalos econômicos e da ameaça de recessão mundial, acusam-se os suspeitos de sempre: a esquerda vê o fim do capitalismo, a direita vocifera contra a ineficiência do Estado. Eu, contudo, cronista independente, sem outro compromisso senão com a verdade -e com minha pequena, claro-, sei que a culpa não é dos negociantes nem dos políticos: a culpa, meus caros, é das mídias sociais.
     Vamos admitir: desde que inventaram o Facebook e o Twitter que ninguém mais trabalha, só finge -uma hora, ia dar problema. Se o hemisfério Norte quebrou antes de nós é porque se enredou primeiro nessas arapucas do Demônio, mas não demorará para nos estrumbicarmos também: afinal, o dia-padrão de um trabalhador brasileiro não é tão diferente do de um americano ou europeu.
     Vejamos: você chega ao trabalho, senta-se diante do computador e, antes de começar suas tarefas, resolve dar uma checada rápida na "homepage". A "home" traz uma fofoca sobre o comportamento sexual de uma cantora pop, e você imediatamente pensa numa bobagem para tuitar. Abre o Twitter, escreve.
Passa então a clicar, de dez em dez segundos, no "your tweets retweeted" -como um ratinho de laboratório, acionando a barra de glicose-, pra ver se gostaram da sua piada. Infelizmente, em 15 minutos, só um retuíte. Você decide preencher a carência que subitamente lhe bateu indo até o Facebook: vai que alguém lhe deixou um recado, na madrugada? Nada, ninguém quis lhe dizer coisa alguma nas últimas 12 horas.
Você descobre, contudo, que a Juliana Pereira, sua ex-colega de ginásio, postou as fotos do feriado, na praia. Você se lembra dessa Juliana, era bonita, e quando dá por si está há uns três minutos vasculhando as imagens da moça, na esperança algo adolescente, algo senil, de vê-la de biquíni. Não achando nada além de filhinhos sorridentes e uma ou outra foto artística de conchas, com efeitos gráficos do iPhone, decreta que é, enfim, hora de começar a trabalhar. Mas, já que ficou tanto tempo no Facebook, por que não dar só uma passadinha no Twitter, ver se, nesse meio tempo, alguém te retuitou, ou comentou seu tuíte? Nada, ainda, mas um amigo colocou um link para uma propaganda belga de cerveja, muito engraçada. Quando vai ver, já está na hora do almoço, e o dia nem começou.
     Agora, caro leitor, some todo o tempo que você tem perdido nessas inúteis perambulações virtuais ao tempo de todos os outros milhões de internautas, calcule o prejuízo em dólares, euros ou reais, e o resultado é uma bela recessão global. Reajamos enquanto é tempo: ou a gente acaba com as mídias sociais, ou as mídias sociais acabam com a gente!
     PS- Meu amor, a história da Juliana Pereira é meramente ilustrativa, real apenas no terreno da ficção. Espero que compreenda."

Texto de Antonio Prata, publicado na Folha de São Paulo em 10/08/2011


beijos

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Corruptos

>> quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Bem, corrupto, todo mundo sabe que é aquele bichinho que a gente vê na beira do mar, e algumas pessoas com aquelas bombas de sucção de PVC e um balde ficam ali tentando capturá-los para servirem de isca de pesca.
Eles são apelidados de Corruptos, pois são muitos, não "aparecem" e são difíceis de capturar.


(charge publicada na Folha de São Paulo desta data)


beijos 

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Se o amor se vai

>> segunda-feira, 8 de agosto de 2011


(imagem: google)
O amor acaba. 
Numa esquina, por exemplo, num domingo de lua nova, depois de teatro e silêncio; acaba em cafés engordurados, diferentes dos parques de ouro onde começou a pulsar; de repente, ao meio do cigarro que ele atira de raiva contra um automóvel ou que ela esmaga no cinzeiro repleto, polvilhando de cinzas o escarlate das unhas; na acidez da aurora tropical, depois duma noite votada à alegria póstuma, que não veio; e acaba o amor no desenlace das mãos no cinema, como tentáculos saciados, e elas se movimentam no escuro como dois polvos de solidão; como se as mãos soubessem antes que o amor tinha acabado; na insônia dos braços luminosos do relógio; e acaba o amor nas sorveterias diante do colorido iceberg, entre frisos de alumínio e espelhos monótonos; e no olhar do cavaleiro errante que passou pela pensão; às vezes acaba o amor nos braços torturados de Jesus, filho crucificado de todas as mulheres; mecanicamente, no elevador, como se lhe faltasse energia; no andar diferente da irmã dentro de casa o amor pode acabar; na epifania da pretensão ridícula dos bigodes; nas ligas, nas cintas, nos brincos e nas silabadas femininas; quando a alma se habitua às províncias empoeiradas da Ásia, onde o amor pode ser outra coisa, o amor pode acabar; na compulsão da simplicidade simplesmente; no sábado, depois de três goles mornos de gim à beira da piscina; no filho tantas vezes semeado, às vezes vingado por alguns dias, mas que não floresceu, abrindo parágrafos de ódio inexplicável entre o pólen e o gineceu de duas flores; em apartamentos refrigerados, atapetados, aturdidos de delicadezas, onde há mais encanto que desejo; e o amor acaba na poeira que vertem os crepúsculos, caindo imperceptível no beijo de ir e vir; em salas esmaltadas com sangue, suor e desespero; nos roteiros do tédio para o tédio, na barca, no trem, no ônibus, ida e volta de nada para nada; em cavernas de sala e quarto conjugados o amor se eriça e acaba; no inferno o amor não começa; na usura o amor se dissolve; em Brasília o amor pode virar pó; no Rio, frivolidade; em Belo Horizonte, remorso; em São Paulo, dinheiro; uma carta que chegou depois, o amor acaba; uma carta que chegou antes, e o amor acaba; na descontrolada fantasia da libido; às vezes acaba na mesma música que começou, com o mesmo drinque, diante dos mesmos cisnes; e muitas vezes acaba em ouro e diamante, dispersado entre astros; e acaba nas encruzilhadas de Paris, Londres, Nova Iorque; no coração que se dilata e quebra, e o médico sentencia imprestável para o amor; e acaba no longo périplo, tocando em todos os portos, até se desfazer em mares gelados; e acaba depois que se viu a bruma que veste o mundo; na janela que se abre, na janela que se fecha; às vezes não acaba e é simplesmente esquecido como um espelho de bolsa, que continua reverberando sem razão até que alguém, humilde, o carregue consigo; às vezes o amor acaba como se fora melhor nunca ter existido; mas pode acabar com doçura e esperança; uma palavra, muda ou articulada, e acaba o amor; na verdade; o álcool; de manhã, de tarde, de noite; na floração excessiva da primavera; no abuso do verão; na dissonância do outono; no conforto do inverno; em todos os lugares o amor acaba; a qualquer hora o amor acaba; por qualquer motivo o amor acaba; para recomeçar em todos os lugares e a qualquer minuto o amor acaba.
Paulo Mendes Campos


Se o amor se vai

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Hoje eu cometi um pecado capital

>> quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Isso mesmo. Sabe o qual? INVEJA.
Bom, todo mundo sabe o que é esse sentimento não sabe?
Alguns dizem que existe inveja branca, aquela em que você não deseja o mal do outro, apenas gostaria de ser igual a ele.
Pois bem, então foi essa inveja que eu senti ao ler o texto que vou mostrar pra vocês.
Pensei assim: Por que não fui eu a escrever? Eu queria ter escrito isso aos meus filhos. 
Mas o fato é que eu me emocionei muito ao ler, e hoje, reescrevendo aqui, e relendo ao mesmo tempo, eu quase chorei.
Então quero oferecer esse post de hoje aos meus filhos e gostaria que eles, caso leiam, ou quando lerem, trocassem (mentalmente) os nomes que vão aparecer - Paulo e Pedro - por Felipe e Ivan, e saibam que eu desejo, de coração, tudo isso para vocês, para suas vidas.
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Aos meus filhos, as estrelas
   
  "Talvez por ter chegado aos 50 anos, esse outonozinho da alma de dias quentes e noites frias, muitas coisas dão sinais de ter clareado na minha cabeça irrequieta. Gostaria que meus filhos soubessem disso. Soubessem que, tão logo nasceram, se tornaram o sentido, a prioridade absoluta e a principal fonte de alegria de minha vida. Queria que perdoassem meus tropeços, incertezas e imprevidência. E que aceitassem meus desejos e votos a seguir como um presente singelo que, sem saber, vim fabricando até aqui a cada um de meus dias.
     Entre tantas outras coisas que, como pai, lhes desejo, gostaria que Paulo e Pedro descobrissem que o infinito é uma palavra séria. Que certas estrelas ficam tão longe nos confins do Universo que, no momento em que as vemos, a luz delas já se apagou há  muito, muito tempo. Muito além do que conseguimos enxergar, elas já morreram. Mas continuam e continuarão brilhando, céu afora, sabe-se lá por quantos milhões de anos ainda.
     Considerem, filhos, que nesse infindável vazio flutuante, nosso planetinha gira, banhado pelos raios do sol. E que nesse planetinha – e, por enquanto, ao que se saiba, apenas nele - a vida se entrelaça de bilhões de formas imagináveis. Como, talvez, em nenhum outro lugar de toda essa vastidão misteriosa que nos circunda.
     Nunca se esqueçam de que essa explosão da vida, a natureza, é tão fascinante quanto cruel. Pode ser a paisagem irretocável que nos comove – e também a fúria que, num piscar de olhos, a devasta. São os filhotes com sua doçura cativante e frágil – mas também criaturas que devoram implacavelmente umas às outras. Na natureza, a curto, médio ou longo prazos, depende, toda forma de existência vive ao relento. Feito as estrelas, estão condenadas a um dia deixar de brilhar. Tudo passa. Tudo precisa passar. Não tem jeito. É assim.
     Que essa aparente fatalidade, filhos, não os assuste. Ao contrário. Tomara que ela os faça perceber o quanto nós, seres humanos, somos privilegiados. Por podermos  contemplar a criação e a evolução sentados num camarote. Por estarmos no topo de uma cadeia alimentar, uma vantagem que, na pior das hipótesese na imensa maioria dos casos, nos poupa da condição de presas.
     Em compensação, somos os piores predadores de nós mesmos. Mas desfrutamos a benção de, bem ou mal, compreender o mundo que nos cerca. E a de, mesmo que aos trancos e barrancos, evoluir. Um dia tenho certeza de que vocês perceberão quanta grandeza e quanta miséria resultam dessa nossa supremacia biológica. Nada disso, porém, nos desvia do nosso próprio destino. Um dia, como tudo, feito uma bandeirinha que o vento faz desprender de seu mastro, também nós passaremos.
Alegrias extremas. As dores mais lancinantes.
Agradeçam o que o destino lhes reservar.
Os bons momentos alegram a alma.
Os ruins ajudam a lapidá-la


     Espero que, sempre que se defrontarem com essa verdade, vocês sigam em frente. Tenham em mente que, cedo ou tarde, o tempo dissipa até a mais entranhada tristeza. Por isso, filhos, não se entreguem jamais à amargura. Como tudo, a dor que os colher também passará. Portanto, não percam com ela mais do que o tempo estritamente necessário. Invistam sempre mais na esperança que na desilusão. Mais na confiança que no temor. E, seja lá como for, perseverem em seus caminhos.
     Aliás, filhos, a cada oportunidade que tiverem, agradeçam. A cada manhã que despertarem, pensem no fato de que todas as suas moléculas permanecem agrupadas. Que as células de seus corpos continuam funcionando como devem. Agradeçam, rapazes. Brindem por esse milagre cotidiano. Cada dia é uma dádiva – e saber vivê-lo sem lentidão nem pressa é uma arte valiosa.
     Paulo. Pedro. Haja o que houver, lembrem-se de que carregam nas veias o mesmo sangue. Não permitam que a vida, com suas mesquinharias, atribulações e voracidade, os afaste. Nunca, Paulo. Nunca, Pedro. Poucas coisas conseguem ser tão profundas quanto o amor de um irmão. Ombro algum é mais amigo. Mantenham, em seus corações, um lugar reservado para o outro. Descubram-se, amparem-se e fortifiquem-se reciprocamente.
     Sejam previdentes, mas não deixem de realizar os seus sonhos. E nunca se considerem imunes a nada. Tudo, absolutamente tudo nesta vida é possível. Alegrias extremas. As dores mais lancinantes. Agradeçam aquilo que o destino lhes reservar. Os bons momentos alegram a alma. Os ruins ajudam a lapidá-la. Ambos um dia acabam ficando para trás e cada qual traz as próprias lições. Persigam sempre o discernimento. É ele que lhes permitirá essa fotossíntese renovadora que transforma lágrimas em risos. E em luz a obscuridade.
     Meus amados: vivam atentos ao que dizem o coração. Ele conhece os caminhos, mesmo que desconheça o destino. Bebam do riozinho de suas vidas sem medo. Como tudo, montanhas, impérios, nosso planeta, suas águas um dia também passarão. Mas o que importa é que, agora, nesse momento, elas correm bem diante de seus olhos abertos. São suas. Estão ali para que vocês, todo santo dia, possam saciar a sede. Bebam da existência, meus filhos. E, sempre que a barra da vida pesar, lembrem-se, por favor, das estrelas que já se apagaram. 
Reparem como elas ainda brilham no céu."


José Ruy Gandra - autor de Coração de Pai-Histórias sobre a Arte de Criar Filhos
beijos

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As coisas em ordem ...

>> segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Ainda vale a pena ler jornal, assistir noticiários pela TV?
- Como não, isso é pergunta que se faça (vocês podem estar se questionando)?
Mas vamos e venhamos, é muita desgraça não é? Assassinatos, Corrupção, Estupros, Acidentes de carro porque estavam dirigindo em alta velocidade (e geralmente quando tinham tomado umas e outras), Rachas, Roubos e por ai vai. 
Acho que não preciso enumerar a desordem do planeta.
E hoje ainda começa agosto, um mês em que muita gente sente um certo temor (ou isso é coisa de antigamente?)
Mas eu gostaria de ver e sentir as coisas um pouco mais em ordem, e pensando nisso, me lembrei desse texto de Confúcio:
Os grandes antigos quando queriam propagar suas altas virtudes, punham os seus Estados em ordem. 
Antes de porem seus Estados em ordem, punham em ordem suas famílias; 
Antes de porem em ordem suas famílias, punham em ordem a si próprios.
Antes de porem em ordem a si próprios, aperfeiçoavam suas almas, procurando serem sinceros consigo mesmos e ampliando ao máximo seus conhecimentos.


A ampliação dos conhecimentos decorre do conhecimento das coisas como elas são (e não de como queremos que sejam). 
Com o aperfeiçoamento da alma e o conhecimento das coisas, o homem se torna completo. 


E quando o homem se torna completo, ele fica em ordem.
E quando o homem está em ordem, sua família fica em ordem.

E quando sua família está em ordem, o Estado que ele dirige também fica em ordem. 
E quando todos os Estados ficam em ordem, o mundo inteiro goza de Paz e Prosperidade.
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(Idéias de Confúcio:A sua ideologia de organização da sociedade procurava recuperar os valores antigos, perdidos pelos homens de sua época. No entanto, em sua busca pelo Tao, ele usava uma abordagem diferente da noção de desprendimento proposta pelos taoistas. A sua teoria baseava-se num critério mais realístico, onde a prática do comportamento ritual daria uma possibilidade real aos praticantes de sua doutrina de viverem em harmonia.

Confúcio não pregava a aceitação plena de um papel definido para os elementos da sociedade, mas sim que cada um cumprisse com seu dever de forma correta. Já o condicionamento dos hábitos serviria para temperar os espíritos e evitar os excessos. Logo, a sua doutrina apregoava a criação de uma sociedade capaz, culturalmente instruída e disposta ao bem estar comum. A sua escola foi sistematizada nos seguintes princípios: 

  • Ren, humanidade (altruísmo);
  • Li, (cortesia ritual);
  • Zhi, conhecimento (sabedoria moral); 
  • Xin, (integridade); 
  • Zhing, (fidelidade); 
  • Yi, justiça, (retidão, honradez).

  • Confúcio não procurou uma distinção aprofundada sobre a natureza humana, mas parece ter acreditado sempre no valor da educação para a condicionar.

Cada um desses princípios ligar-se-ia às características que para ele se ncontravam ausentes ou decadentes na sociedade.)
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Uma boa semana pra vocês
Um beijo

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