A Incontornável Necessidade de Ler

>> quinta-feira, 18 de agosto de 2011


Hoje, relendo o texto abaixo, guardado há bom tempo na "pasta de postagens" eu só conseguia pensar em duas pessoas:
- a Glorinha do Blog Café com Bolo, pela delícia das suas escritas, contos, sonhos, ideias, desabafos, e ultimamente pelo seu livro Na esquina do Tempo, nº 50, e
- a Jussara do Blog Palavras Vagabundas, pelas resenhas maravilhosas (de parte daquilo que lê), que faz todo mundo querer ler ou reler o livro postado.
Então quero dedicar o post de hoje a essas duas amigas, pessoas de bem com a Cultura.
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A Incontornável Necessidade de Ler

Paul Auster, escritor americano, afirma que a leitura é uma das raras experiências humanas em que dois estranhos se encontram numa situação de suposta intimidade e por isso ainda há humanidade e um insubstituível elemento para se estar vivo. Autor de best-sellers, Auster reitera sua afeição pela literatura francesa traduzindo, entre outros, Sartre e André Breton. Aconselha aos jovens escritores a traduzir poesia para entender melhor o significado intrínseco das palavras.

     Deixando a ‘estação Auster’, e seguindo a incontornável necessidade de ler e contar histórias, desembarco nas pastagens daqueles que adestram o faz de conta para que no encontro com quem lê a visão do mundo se subordine às multifocais lentes das mentes expandidas.

     A literatura é libertária. Salva-nos da existência única. Com ela, trazemos o remoto aos dias de hoje, construímos as nossas lembranças e inventamos os dias que hão de chegar. Mais que distração, quando lemos, arbitramos sobre vidas alheias, decidimos o destino dos personagens, como parte da história.

     A questão é que para que haja leitura, há que haver escritura. Desse pressuposto advém o pacto entre quem lê e aquele que escreve.

     Um escritor, como um bandeirante, abre clareiras no desconhecido. E, uma vez seguro do terreno em que pisa, desenha o mapa para que o sigam nas suas aventuras. É, acima de tudo, um ser generoso. É grande sua alegria em compartilhar sonhos. Acena um convite tácito chamando o leitor à sua mesa, numa situação de suposta intimidade e divide com ele sua fome e seu alimento.

     Nos versos sábios de ‘Ponto de Partida’ o compositor Sérgio Ricardo define essa cumplicidade: A busca como medida. O encontro como chegada. E como ponto de partida.

     Isto posto, dobro-me em reverência aos necessários detentores do dom da escrita. E desejo vida longa aos que não querem só comida; querem comida, diversão, arte e o espírito livre das obras literárias.
(Maria Balé - escritora)
beijos

5 comentários:

Celina Dutra 18 de agosto de 2011 às 19:13  

Macá,

Enriquecedor e encantador seu post. Parabéns por dedicá-lo à Glorinha e Jussara, merecem com méritos esse presente.

Girassóis nos seus dias.
Beijos

Palavras Vagabundas 18 de agosto de 2011 às 23:32  

Lindo, lindo!
Em semana de crise isso é mais que um presente, é um presentão!
Beijos carinhosos
Jussara

Beth/Lilás 19 de agosto de 2011 às 00:42  

É isso aí, amiga!
Acho que as duas amigas em questão vão se sentir muito homenageadas com este texto bacana.
A leitura é mesmo algo íntimo que a gente pratica e se transporta para tantos mundos, fazendo-nos viajar, sonhar, imaginar-se na cena, etc...
um grande abraço carioca

Glorinha L de Lion 19 de agosto de 2011 às 11:35  

Macá, querida! Que surpresa boa! Estava precisando demais desse carinho! Me sinto duplamente homenageada por figurar ao lado da Ju, outra apaixonada pelos livros, como eu.
Ler é muito mais que transportar-se para outros mundos, é viver outras vidas, é esquecer do resto. Ler pra mim é respirar! Obrigada amiga por esse afago, beijo tuas mãos,

Valéria 20 de agosto de 2011 às 10:09  

Oi Macá!
Ler é mesmo entrar em um universo paralelo e de cumplicidade entre escritor e leitor que buscam enveredar por viagens imaginárias maravilhosas. é um prazer muito íntimo!

Beijão e um ótimo fds!

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