Você um dia imaginou que isso pudesse acontecer?

>> terça-feira, 13 de setembro de 2011

Quando iniciei este blog (o primeiro foi o Varandas Gourmet - blog de trabalho), eu falei que era pra postar coisas que gosto. Lugares, viagens, pessoas, passeios, etc. 
Então, quase nunca falei de política, a não ser aqui e aqui.

Mas hoje eu não resisti. Vocês já tinham imaginado ler uma notícias dessas?


Brics articulam ação de socorro a países europeus
Por Assis Moreira | De Basileia

(imagem google)

Os países do Brics - Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul - tentam preparar uma ação conjunta para sinalizar ajuda à combalida economia global. O Valor apurou que uma das ideias em exame é a de aumentar a parte de suas reservas internacionais aplicada em títulos denominados em euros. A aquisição de mais títulos de dívida soberana europeia seria limitada aos papéis de países mais sólidos, como Alemanha ou mesmo Grã-Bretanha. Uma decisão deve ser tomada no encontro de ministros de Finanças e presidentes de bancos centrais dos Brics no dia 22, em Washington.
O interesse político é claro - aparecer como contribuinte para estabilização dos mercados e assim ilustrar a que ponto a balança na economia global está mudando. Além disso, os Brics poderão diversificar e, em alguns casos, obter melhor rendimento do que com os de títulos do Tesouro americano. "Vamos esperar o desenvolvimento dos fatos na Europa", afirmou, cautelosa, uma autoridade monetária ao Valor. "No momento", disse, não há articulação segura sobre aquisições de títulos europeus.
A prudência entre os países é obrigatória, como diz uma fonte asiática, até porque o tema pode ser conflituoso. Como nota um participante da reunião em Basileia, fica difícil explicar à opinião pública a aquisição de títulos europeus no cenário calamitoso atual da zona do euro.
O Brasil já vem diversificando suas reservas, reduzindo a fatia investida nos títulos do Tesouro americano. O país já é o quarto maior credor dos EUA, com US$ 211 bilhões até maio.
Na crise financeira de 2008, o Federal Reserve dos EUA emprestou muito dinheiro para os europeus. Agora, outro país visto como potencial "salvador" é a China, a segunda maior economia do mundo, com US$ 3,2 trilhões de reservas internacionais. Mas Pequim já jogou dezenas de bilhões de dólares em títulos denominados em euros e está mais cautelosa no cenário atual.
Ontem, a corrida por um refúgio seguro para o dinheiro levou os rendimentos dos bônus soberanos dos EUA, Alemanha e Grã-Bretanha a uma baixa histórica. Os 'bunds' alemães de dez anos rendiam 1,72% ao ano. Os Treasuries americanos de mesmo prazo caíram a 1,88%. Já os títulos da dívida da Grécia, refletindo o temor de default, pagaram juros superiores a 65%.
(Jornal Valor Econômico - 13/09/2011)



beijos

5 comentários:

Anônimo 13 de setembro de 2011 às 12:45  

Pra uma geração que viveu a hiper-inflação, a hiper-dívida externa e a vergonha de ver os agentes do FMI desembarcando e dizendo que éramos uns merdas que faziam tudo errado, é realmente inacreditável. É mais ou menos como ver os garis fazendo uma vaquinha pra ajudar o Eike a comprar uma marmita pro almoço...

MHB 13 de setembro de 2011 às 12:49  

Não fique tão otimista.........sabe o tamanho da dívida interna? Já olhou o impostômetro, e quanto de nosso suado dinheirinho vai para o bolso dos reis da maracutaia? Não consigo ler este tipo de notícia com espírito ufanista, do tipo "prá frente Brasil" (e esse Brasil não é vc, Julio,é o outro........)

Deia 13 de setembro de 2011 às 19:26  

Oi Macá! É muito bacana ver esse crescimento da nossa economia, mas ele fica distante dos nossos problemas internos - é a eterna dicotomia entre o macro e o micro... Beijos, Deia.

PS: Assim que tiver uma data para a vinda da Glorinha você pode me incluir na sua lista de emails? Quero muito conhecer você e a Glorinha!! Beijos!

Celina Dutra 13 de setembro de 2011 às 21:48  

Macá,

O que de fato me deixa estarrecida é saber que para ajudar a agiotagem antiética globalizada países "pobres" e ricos encontram soluções, mas para matar a fome de 750.000 pessoas na Somália, com risco de morrer por fome nos próximos 4 meses se nada for feito, não há a mínima sensibilidade desses países.

Girassóis nos seus dias
Beijos

Glorinha L de Lion 15 de setembro de 2011 às 11:58  

Acho isso uma coisa tão estapafúrdia! Não entendo de economia, mas acho que tem tanto a se fazer aqui mesmo no Brasil e dizem que não há dinheiro...precisam voltar a falar em CPMF pra salvar a saúde sugada e vampirizada pelos canalhas, ano após ano. Como que então há dinheiro pra ajudar países da zona do Euro? E concordo com a Celina, ajudar países como a Somália ninguém quer, né? O que há são interesses escusos que nenhum de nós sabe bem do que se trata, por debaixo dos panos...Beijos,

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