Nesta segunda-feira, dia 14 de junho (um dia antes do 1º jogo do Brasil na Copa e também do meu aniversário) o tema proposto pela Milas Viile para a Blogagem Coletiva - Vida Simples é LUGARES.
Dentro disso há tanta coisa para se dizer, como lugar que mais gosto de ficar dentro da minha casa, lugares que gosto de visitar e pra mim o lugar que eu quero morar.................. um dia.
Então resolvi conhecer um pouquinho mais desse lugar e falar sobre ele. GUARUJÁ(SP)
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No final do século XIX, Guarujá era um pequeno balneário para as famílias mais influentes da capital paulista, construído com madeiras importadas e seguindo o estilo do Velho Oeste estadunidense. O local foi assim retratado por Benedito Calixto em 1896, neste óleo sobre tela com 40 x 65 cm, propriedade de Elio Sacco:
Guarujá ainda era distrito de Santos, quando esta foto foi tirada, em 1897 - época em que as famílias da alta sociedade paulista começaram a adotar uma solução original para se defenderem do sol em suas tardes de veraneio naquelas praias.
Elias Chaves importou dos Estados Unidos alguns chalés de madeira então considerados elegantes, que (conforme então divulgado) ofereciam o conforto de uma vivenda e ainda podiam levar os banhistas, sobre rodas, até a beira da água, evitando que eles se bronzeassem - o que, na época, era tido como antiestético e vulgar, além de envelhecer prematuramente as pessoas que se expunham ao sol...
Os chalés de madeira na Avenida Puglisi, em foto publicada por José Marques Pereira em 1902 e 1904, quando ela era apenas conhecida como Rua Central
Guarujá - Rua Central
Foto: J. Marques Pereira, publicada na revista carioca Kósmos nº 5, de maio de 1904, acervo do Arquivo Histórico de Cubatão.
Praia de Pitangueiras, início do século XX
No começo do século XX, era esta a vista que os visitantes tinham da Praia de Pitangueiras, numa época em que uma das diversões do balneário eram os passeios de charrete pela orla.
O Grande Hotel La Plage
(versão I)
Por volta de 1915, uma vista do Grande Hotel La Plage, desde a praia
Um dos mais famosos estabelecimentos hoteleiros do Guarujá, o Grande Hotel La Plage - teve em 1892 uma instalação inicial em madeira importada, ao estilo do faroeste norte-americano, destruída em dezembro de 1897 por um incêndio. A fotografia de Gaensly e Lindermam, recolhida por Boris Kossoy, mostra as instalações pioneiras.
(versão II)
Em dezembro de 1897 foi destruído por um incêndio. Foi então reconstruído, na forma de uma instalação modesta em alvenaria (que seria demolida em 1910 para o início das obras de uma terceira versão do hotel, inaugurada dois anos depois).
Esta foto de José Marques Pereira foi assim publicada em 1902.
(versão III)
Essa terceira edificação, terminada de construir (por Ramos de Azevedo) em 1912 na Praia de Pitangueiras (e demolido em 1959) - teve sua imagem espalhada pelo mundo, em fotos, pinturas e cartões postais. Esta foto, do hotel com a estação ferroviária, foi publicada em 1915.
Vista interna do restaurante do cassino, na mesma época.
EDIFÍCIO SOBRE AS ONDAS
Antes de ser iniciada em 1946 a construção do edifício Sobre as Ondas, a área de pedras que fazia a separação entre as praias de Pitangueiras e Astúrias era ocupada pelas instalações do Hotel Orlandi.
Esse hotel foi comprado pelo médico e advogado paulista Antonio Roberto Alves Braga, para a construção do conjunto Sobre as Ondas, também incrustado nas pedras do lugar.
Esta vista rara do Recreio das Pedras, publicada em 1915, é anterior à construção do Hotel Orlandi, mas já apresenta um estabelecimento comercial nesse local.
O edifício, construído (pela empresa Richter & Lotufo) a partir de 1946 no lugar do antigo Hotel Orlandi, incrustrado nas pedras que separam as praias de Pitangueiras e Astúrias, só foi inaugurado em 17 de julho de 1951.
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Em foto de Kauffmann, ilustrando o setor de Guarujá no Guia Santista 1956, o famoso edifício "Sobre as Ondas" do Guarujá. Com direito à propaganda da antiga marca de cerveja que foi uma das principais patrocinadoras da publicação...

Ele aparece numa foto do início do século XXI
Outra vista (publicada em 1915) do trecho onde Roberto Braga e Eduardo Lee construíram em 1952 uma casa de aspecto modernista e também incrustada nas pedras, ao lado do edifício Sobre as Ondas.
É proibido beijar... no Guarujá
Cenas em preto-e-branco do Guarujá (no tempo em que os carros trafegavam pela areia das praias quase desertas) e da Via Anchieta são parte do filme É Proibido Beijar, filmado em 1951 pela Cia. Cinematográfica Vera Cruz e estrelado por Tonia Carrero, Ziembinsky, Otello Zeloni (que tinha acabado de chegar ao Brasil e precisou ser dublado por Renato Consorte), o próprio Renato Consorte (aparecendo em algumas cenas), a cantora Inesita Barroso e o galã Mario Sérgio, com direção de Ugo Lombardi e roteiro de Alessandro de Stefani.

É a história de dois norte-americanos (Zelloni e Ziembinsky) que chegam ao Brasil apostando que Tonia Carrero (no papel de filha de Ziembinsky) será beijada em poucas horas. No aeroporto, Tonia engana um jornalista (Mário Sérgio) e depois de muitas peripécias eles acabam indo ao Guarujá, onde jantam no restaurante do edifício Sobre as Ondas, hospedam-se em quartos contíguos no Grande Hotel de La Plage, passeiam de barco (com a praia de Pitangueiras ao fundo, quase sem prédios), e acabam participando de uma gincana automobilística. Mas uma das exigências para receber o prêmio é que o casal vencedor de beije, o que acaba ocorrendo. O destino da aposta entre os americanos, entretanto, é decidido pelo início do horário de verão.
Um banho de mar na Praia da Enseada
Em foto não datada, possivelmente da década de 1930, uma vista da Praia da Enseada, quando os calhambeques estacionavam na faixa de areia para que seus ocupantes pudessem desfrutar de um banho de mar.
As praias, nos "anos dourados"
Por volta da metade do século XX, na década de 50, conhecida como "os anos dourados", uma vista das praias de Guarujá.
Em outro postal da Fotolabor, na mesma área, vendo-se as barracas de praia do Grande Hotel Guarujá.
Estação do bonde na Praia de Pitangueiras
Ainda na metade do século XX (década de 1950), era possível observar na Praia de Pitangueiras a estação do bonde que fazia a ligação com a balsa para Santos.
Estação da praia de Pitangueiras, tendo à esquerda o Morro do Maluf
Foto: cartão postal da década de 1950
Forte dos Andradas, em 2004/2005
Integrante do sistema defensivo da Ilha de Santo Amaro (município de Guarujá), o Forte dos Andradas é o único que continua ativo no início do século XXI. Para ilustrar uma apresentação sobre os Indicadores Metropolitanos da Baixada Santista, a Agência Metropolitana da Baixada Santista (Agem) produziu ali, em 2004 e 2005, estas imagens.
Bem, para conhecer mesmo, teria que se colocar muito mais coisas, mas sei que é cansativo, principalmente para quem não conhece ou não tem um interesse maior em conhecer.
Mas o Guarujá que eu conheço hoje é assim:
Praia de Pitangueiras
Igreja de Santo Amaro e N.Sra. de Fátima
Praia de Pernambuco
Praia das Astúrias e do Tombo
No Guarujá temos praias lindíssimas. Algumas Já mostrei em fotos aqui, mas ainda tem as seguintes: Guaiuba, do Éden, Perequê, São Pedro, Iporanga, Branca que são as mais conhecidas.
A cidade tem um clima muito gostoso com uma temperatura sempre maior em 3 a 4º da de São Paulo. Tem shopping, academias, clubes, boas escolas, faculdade, mas precisa melhorar muito a parte de hospitais que ainda é bem precária.
Mas passear pelo calçadão, tomar um banho de mar, comeer um peixinho fresco e encontrar os amigos na praia................ não tem dinheiro que pague.
(as fotos apresentadas aqui, foram todas tiradas do google)
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